Operação Vapor desmantela Organização criminosa que traficava vapers de THC

A Polícia Civil, através da Divisão de Investigação Criminal de Balneário Camboriú, e o Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos, o CyberGAECO, do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), na manhã dessa quarta-feira (23/10), deflagraram a operação “Vapor” para cumprimento de 40 Ordens Judiciais.

Foram dez meses de investigação que resultaram em 2 prisões em flagrante, 13 mandados de prisão temporária, 16 mandados de busca e apreensão, 10 sequestros de veículos e 1 sequestro de imóvel. Nos alvos das buscas foram encontradas grandes quantidades de mudas e sementes de maconha, duas armas de fogo, cerca de 100kg das drogas skunk e haxixe, 1090 comprimidos de ecstasy, 1020 micropontos de lsd e milhares de cartuchos de THC líquido (tetra-hidrocabinol). Em um dos locais também foram encontrados materiais para a produção desses cartuchos. Ao todo foram apreendidos mais de R$ 100 mil em espécie.

A operação envolveu mais de 80 policiais de Balneário Camboriú, Camboriú, Joinville e Curitiba (PR). De acordo com a investigação, o núcleo criminoso estaria sediado no município de Camboriú e usava supostamente nomes de terceiros, “laranjas”, para cadastrá-los nas redes sociais, sites e aplicativos de mensagens e fazer a venda de entorpecentes. Eram comercializados principalmente cartuchos de THC, também chamados de vapers, que chegam a ser dez vezes mais potente do que a maconha.

A partir das investigações foram desenvolvidos os trabalhos para identificar os verdadeiros donos desses sites e redes sociais e chegar ao resultado de hoje.

As investigações apontaram também que o grupo estaria utilizando outras plataformas digitais para fazer o controle das entregas, além de usar os Correios para o envio do material comercializado pela internet.

Ficou evidente por meio da investigação que cada vez mais os delitos têm migrado para o ambiente digital, assim como outros crimes, como fraudes e golpes. Só nessa operação foi verificada uma movimentação nos últimos dois anos de mais de R$ 15 milhões.

Ainda de acordo com a operação, o grupo era dividido em núcleos de liderança, cada um encarregado de uma função, o que supostamente caracteriza uma organização criminosa.

Após a análise do material apreendido o inquérito policial será concluído e remetido ao Ministério Público de Santa Catarina para oferecimento da denúncia.

A operação “Vapor” contou com o apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE/PCPR) na cidade de Curitiba

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