Vereador Fábio Negão, do Partido Liberal (PL) de Itajaí, escapou da cassação em uma votação na Câmara Municipal. O vereador havia sido preso pelo GAECO no ano passado sob acusações de prática de rachadinha e desvio de recursos públicos.
A decisão de livrar Fábio Negão da cassação foi tomada com 11 votos favoráveis e três abstenções, número suficiente para garantir sua permanência no cargo. O relatório que recomendava a perda do mandato foi rejeitado devido à ausência e abstenção de seis parlamentares, que são membros da base do governo do prefeito Volnei Morastoni (MDB).
Um fator crucial para a decisão foi o voto do próprio partido de Fábio Negão, já que nenhum dos 24 suplentes do PL compareceu à sessão de cassação. Essa ausência resultou na falta de um voto decisivo que poderia ter levado à cassação do vereador.
Essa decisão polêmica gerou divergências e levantou questionamentos sobre a integridade do processo. Muitos cidadãos e membros da oposição se manifestaram, expressando sua insatisfação com o resultado da votação.
Fábio Negão escapa da cassação
Veja como votou cada vereador na sessão de hoje sobre a cassação de Fábio Negão(PL).
O Projeto de Decreto Legislativo contou com os votos favoráveis dos vereadores Adriano Klawa (Republicanos), Anna Carolina (PSDB), Beto Cunha (Republicanos), Christiane Stuart (Republicanos), Hilda Deola (PDT), Maurílio Moraes (Progressistas), Odivan Linhares Mamão (PSD), Osmar Teixeira (PSD), Otto L. Quintino Jr. (Republicanos), Rubens Angioletti (PL) e Rubens Pacheco.
Já os vereadores Bruno da Saúde (MDB), Celia Filha do Elói (MDB) e Douglas Cristino (PDT) se abstiveram da votação.
Os vereadores Marcelo Werner (Republicanos) e Dulce Amaral (PL) se declararam impedidos de participar da votação.
O PL e MDB de Itajaí foram decisivos para livrar da cassação o vereador preso
A absolvição do vereador, é um exemplo preocupante da falta de ética e responsabilidade por parte de alguns representantes políticos. A atuação desses partidos ao livrar da cassação um vereador que foi preso e acusado de machadinhas e outras coisas horríveis, revela uma profunda falta de compromisso com a transparência, a moralidade e o bem-estar da população.
A corrupção é um câncer que enfraquece as instituições democráticas e prejudica diretamente a qualidade de vida dos cidadãos. Quando os próprios legisladores, que deveriam ser exemplos de conduta e integridade, agem de forma a proteger e absolver indivíduos envolvidos em atos ilícitos, fica evidente o desrespeito com o voto e a confiança depositada pelos eleitores.
A corrupção é um crime que prejudica a sociedade como um todo, desviando recursos que poderiam ser investidos em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura. Além disso, mina a confiança dos cidadãos nas instituições e no sistema político, alimentando um ciclo vicioso de descrença e apatia.
Jornalismo O Janelão
