Leite ultrapassa R$ 7 e chama atenção em cidade do Alto Vale

A alta no preço do leite tirou se tornou um assunto bastante comentado em uma página de notícias de Rio do Sul depois que o litro passou a ser encontrado nos supermercados da cidade por mais de R$ 7.

O que mais anda chamando atenção é a caixa com 12 unidades sendo vendida por R$ 89,88.

O preço do leite chamou atenção desde que foi divulgada a notícia que poderia variar entre R$ 7 a R$ 10 nos supermercados e padarias de Santa Catarina.

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A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) elencou alguns dos fatores que provocaram o aumento do preço: seca, inflação, escassez de insumos e custo da nutrição dos animais. Entretanto, o preço encontrado em aplicativos é muito maior do que o praticado em supermercados, em Florianópolis, por exemplo, o preço médio do leite em duas grandes redes é de R$ 6,09, já no aplicativo, o consumidor encontra o produto com valores que partem de R$ 5,74, mas chega a ultrapassar os R$ 11.

O presidente do Sindileite catarinense Selvino Giesel explica que o valor da venda do produto para o varejista tem variação, conforme a política da empresa: “é muito variado, cada empresa tem a sua política, depende da distância, volume negociado, condição de prazo de pagamento, parceria da empresa com o mercado, enfim vários fatores podem influenciar”. “Acredito que isso seja uma política do comércio que está praticando esse preço”, diz o presidente sobre o produto ser encontrado por quase o dobro do preço.

Confira a nota da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC)

NOTA DA FAESC

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) vem manifestar-se publicamente em face do novo patamar de preços que o leite e os demais produtos lácteos alcançaram, ultimamente, no mercado interno.
Contra a vontade dos produtores rurais e das indústrias de laticínios, vários fatores adversos, ao longo dos últimos meses, concorreram para essa situação indesejável de aumento dos preços finais.

De um lado, a seca prejudicou as pastagens e diminuiu a oferta de alimentação para as vacas.
De outro lado, a inflação e a escassez de insumos elevaram brutalmente os cursos de produção.

Nesse momento, a cadeia produtiva do leite está impactada pelo aumento generalizado de custos diretos, como energia elétrica, gás, combustíveis, fertilizantes, embalagens, matérias-primas, mão de obra e outros insumos.

O custo da nutrição dos animais, por exemplo, explodiu em face da escassez de milho e farelo de soja no mercado, caracterizando o pior choque de oferta desde 1990.

O somatório de todos esses percalços – e a constatação de que a atividade não é rentável – levaram ao intenso abandono da atividade leiteira por produtores rurais. Na década de 1990 existiam em território catarinense 75.000 produtores de leite. Agora, em 2022, são apenas 24.000. Somente durante o período de pandemia mais de 9.000 produtores abandonaram o setor, inviabilizados pelos prejuízos acumulados.

O produtor determina o padrão de qualidade de seus produtos, porque isso depende diretamente de fatores que estão sob seu controle. Entretanto, não define o preço final ao consumidor porque sobre ele agem variáveis imprevisíveis e incontroláveis como custos, clima, mercado etc.

É evidente que nem o produtor, nem a indústria causaram essa situação de preços elevados para o consumidor final.
É hora de Governo e Sociedade planejarem uma política para o leite, inspirada nos princípios da segurança alimentar.

Florianópolis, 23 de junho de 2022

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC)

José Zeferino Pedrozo – presidente

Por Redação Rede Web TV✅

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