Nesta quinta-feira (5), um grande desdobramento ocorreu em Itajaí: o presidente do Instituto Itajaí Sustentável (Inis), Mario Cesar Angelo, e o diretor de Fiscalização, Felipe Lima, foram afastados de seus cargos por determinação judicial. A ação faz parte da Operação Nota Verde, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga denúncias graves de corrupção, concessão irregular de licenças ambientais e lavagem de dinheiro.
De acordo com especialistas em questões ambientais, Mario e Felipe estão sendo acusados de liberar licenças de forma irregular, favorecendo empreendimentos que desrespeitam a legislação ambiental vigente. O Ministério Público aponta que os dois investigados teriam autorizado desmatamentos em áreas de preservação permanente, o que poderia causar danos irreparáveis à fauna e flora da região.
Mario Cesar Angelo ocupava o cargo de presidente do Inis desde março de 2022 e recebia um salário bruto de R$ 26 mil. Felipe Lima, por sua vez, é servidor efetivo do instituto desde 2011 e possui uma longa experiência em licenciamento ambiental. Ambos são suspeitos de liderar um esquema que beneficiava empresários locais em troca de vantagens ilícitas.
Além do afastamento dos investigados, as autoridades cumpriram 23 ordens de busca e apreensão em várias cidades de Santa Catarina, incluindo Itajaí, Balneário Camboriú e Bombinhas, além de Curitiba, no Paraná. Este caso levanta questões cruciais sobre a necessidade urgente de reforçar os mecanismos de fiscalização e garantir a transparência na gestão ambiental, especialmente em um momento onde a preservação do meio ambiente é mais importante do que nunca.
Até o momento, a prefeitura de Itajaí não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A sociedade aguarda ansiosamente por mais informações sobre o desenrolar dessa investigação que promete impactar significativamente a gestão ambiental na região.