Na tarde desta quinta-feira (06) o Prefeito Municipal encaminhou à Câmara de Vereadores de Camboriú um Projeto de Lei Complementar (nº 03/2018) que “cria e extingue cargos efetivos” do município. O projeto tem como objetivo extinguir os cargos de monitor, monitor de inclusão, orientador e supervisor escolar.
Os cargos de monitor e monitor de inclusão, segundo o projeto, seria substituído por “Articulador Educacional”, cargo cuja escolaridade mínima é Ensino Médio regular. Hoje, para os cargos existentes, a escolaridade necessária é do curso de Magistério. Já os cargos de orientador e supervisor seriam substituídos por “Coordenador Pedagógico”.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Camboriú é contra a aprovação deste projeto, uma vez que, referente em especial ao novo cargo de “Articulador Educacional”, faria o IDEB do município, que já é o menor da região, cair ainda mais, já que os profissionais novos não teriam a capacitação necessária para desempenhar tais funções. Referente ao cargo de “Coordenador Pedagógico”, isso apenas sobrecarregaria os profissionais, que teriam que acumular funções atualmente designadas à dois profissionais com formações distintas.
O Sisemcam está trabalhando atualmente focado na reestruturação do Plano de Carreira, encaminhado pelo prefeito em novembro. Tentar aprovar esta lei, em caráter de urgência, invalida todos os esforços do sindicato e de todos os servidores, que estão dedicados em estudar a nova proposta.
Isso nos leva a questionar o porquê do encaminhamento de uma minuta de Plano de Carreira, a formação de uma comissão de estudo, para agora, antes de ouvir as considerações da comissão, encaminhar um projeto de Lei Complementar que mudaria o já existe Plano de Carreira. O poder público está subestimando a inteligência do servidor público? Foram quase três semanas de esforço do servidor para estudar a minuta, e agora este projeto no meio da negociação, antes dos servidores poderem apresentar suas considerações de forma democrática.
Relembre a promessa:
O tempo que foi investido em todos estes estudos não vale para o prefeito? Onde está a valorização do servidor, tão falada nos palanques em época de campanha? O prefeito não respeita o trabalhador, que faz esta cidade andar? Será que somos palhaços?
Via SISEMCAM
Hoje a falta de inteligência no Poder Público não tem limites, impressiona!!!