Poluição coloca Rio Camboriú em apuros

Um dos principais problemas ambientais da atualidade é a poluição dos rios. Enquanto algumas cidades do país desenvolvem planos eficientes de despoluição dos rios, Camboriú e Balneário Camboriú continuam poluindo o rio Camboriú.

Cerca de 15 milhões de litros de água são consumidos por dia pela população de Camboriú e disso 80% volta em forma de esgoto para os afluentes e diretamente no Rio Camboriú.

Situação critica do Rio Camboriú

A formação de aguapés se alastra pelo leito do Rio Camboriú e pelo Parque Linear, local de captação de água bruta das cidades de Camboriú e Balneário Camboriú, demonstrando o nível de poluição, esgoto, produtos químicos e necrochorume do cemitério municipal do Rio do Meio, que está abandonado e com ossadas aparecendo.

O crescimento desenfreado dos aguapés se dá pelo fato dessas plantas se alimentarem de resíduos orgânicos, como lixo e esgoto, e está causando a mortandade de peixes e atrapalhando a navegação de embarcações.

A inércia dos órgãos responsáveis preocupa a população, que vê a poluição tomar conta dos afluentes do Rio Camboriú, que sofrem com a incompetência do poder público.

Pra piorar, alguém da prefeitura de Camboriú jogou pneus no afluente que passa do lado da Estação de Recalque de Água Bruta da EMASA.  Será que Secretária Liara Padinha tomou providência sobre isso? A falta de fiscalização do poder público não existe ou é ineficiente.

A priori, a falta de saneamento básico na cidade é sem dúvidas um problema de saúde pública. O esgoto produzido nos bairros e na cidade é despejado in natura em nossos mananciais, que chegam ao Rio Camboriú e posteriormente nas praias da “Dubai Brasileira”. Balneário Camboriú.

A importância da dragagem

A dragagem do Rio Camboriú é de fundamental importância para as atividades econômica, turística e social, há várias razões para se desejar o desassoreamento de um determinado local, além de facilitar a navegação de barcos e iates, ajuda na contenção de enchentes, melhor vazão do rio e auxilia na limpeza de lixos e pragas, o que contribui significativamente para o desenvolvimento da região.

A solução para salvar o Rio Camboriú

Segundo o gestor ambiental e engenheiro de saneamento Umberto Sell, hoje o município de Camboriú tem sérios problemas de assoreamentos das redes fluvial, pois 100 % do nosso esgoto vai para dentro do Rio Camboriú.

“O comitê do Rio Camboriú já poderia ter apresentado para os municípios a solução para a despoluição do rio” disse Umberto.

Não é só tirar o esgoto é preciso requalificar o rio.

“É preciso limpar, dragar e manter o rio vivo, hoje não temos mais peixes que estão mortos pela poluição”, disse Sell.

A localização do cemitério ao lado do centro de captação de água da EMASA é outro fator que preocupa, milhares de corpos estão enterrados ali de forma irregular e irresponsável trazendo danos ao meio ambiente e doenças para as pessoas.

A cidade de Camboriú não tem recursos financeiros para fazer a implantação do esgoto sanitário na cidade e automaticamente o tratamento de esgoto para evitar a poluição do Rio Camboriú. Pensando nisso,a empresa Águas de Camboriú ofereceu para o município mais de R$ 100 milhões, o que viabilizaria a manutenção, coleta, tratamento, de esgoto na cidade e limpeza do rio. A resistência efalta de visão do prefeito e das pessoas ligadas a ele colocam risco uma cidade toda.

Falta de limpeza nos afluentes do Rio Camboriú

Jornalismo Fiscalizatório

Depois que começamos a fazer uma série de vídeos mostrando a situação do Rio Camboriú, A FUCAM organizou uma ação de recuperação ambiental da mata ciliar do Rio Camboriú, na área do Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú e o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú e Bacias Contíguas apoiou a atividade. Parece que foi realizou o plantio de 381 mudas de árvores nativas na Semana do Meio Ambiente.

A população quer saber?

A SESB – Secretária de Saneamento de Básico e a FUCAM – Fundação do Meio Ambiente, hoje sabendo de todas as leis ambientais existentes, estão monitoramento o cemitério e a poluição do Rio Camboriú? Será que a Secretária Liara Padinha já pensou em fazer um estudo do esgotamento da cidade? Se é feito, como é feito esse monitoramento? Qual a empresa que ganhou essa licitação? Quais as áreas que mais contribuem com esgoto na cidade? Para onde vai nosso esgoto? Será que a prefeitura já pensou em ter um departamento que cuide disso, independente de a concessão serfeita pela prefeitura ou de uma empresaterceirizada? O fato é que é preciso fazer o monitoramento do rio. Mesmo que tenha esses estudos, nunca foi apresentado para a sociedade.

Agora a prefeitura de Camboriú e Balneário Camboriú estão querendo construir um novo parque inundável, será que antes não seria conveniente adespoluição do rio é de seus afluentes?

Infelizmente há diferentes realidades e desafios relacionados com a gestão de recursos hídricos da região, pois há derrubada de árvores e exploração de granito, erosão, assoreamento, além do despejo de toneladas de esgoto doméstico, industrial e agrotóxico em sua bacia hidrográfica. Faz-se necessário a prática da ecocidadania por todos os cidadãos de Camboriú e Balneário Camboriú, de vários seguimentos da sociedade, frente à promoção da conservação e preservação dos ecossistemas associados e recursos hídricos regionais!

Comitê do Rio Camboriú

Quais são os planos, objetivos, metas e ações de curto (2019), médio (2023) e longo prazo (2027) para gerenciar os recursos hídricos e eventos hidrológicos críticos na área de abrangência do Rio Camboriú?

Quem está responsável e por trás da elaboração do Plano de Recursos Hídricos?

A sociedade civil precisa conhecer o que o comitê vem fazendo e apresentando e tem o direito de questionar qualquer projeto que seja. Quem faz parte desse comitê, e quais são os pleitos demandados por este ele?

O que diz a Secretária Liara Padinha “Prefeitura”

Uma vegetação que cresce em áreas ribeirinhas, por conta da concentração de matéria orgânica, tem tomado conta do Rio Camboriú, na região do centro.  Geralmente com grandes chuvas elas são levadas pela maré, mas em virtude da estiagem deste ano, isso não ocorreu.

Na última semana técnicos da Fundação do Meio Ambiente de Camboriú – FUCAM, fizeram uma vistoria de barco pelo rio para avaliar a situação. De acordo com a presidente do órgão, Liara Rotta Padilha Schetinger, o serviço necessitará ser licitado para que uma empresa privada realize a limpeza.

“Em um análise inicial, estimamos que esse serviço deva custar em torno de R$ 50 mil, mas o prefeito Élcio está solicitando o apoio da CIDASC, que possui uma draga e poderia realizar o serviço, assim não teríamos custo” afirma.

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Por Jornalista Edenilson Pozzobon  MTB 006388-SC

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