Novo escândalo de corrupção em Barra Velha: Polícia deflagra Operação Contra Fraudes em Licitações da Agricultura

Um esquema de corrupção envolvendo uma cooperativa de comercialização de alimentos da agricultura familiar foi desmantelado nesta terça-feira (10) em Barra Velha, Santa Catarina. A operação, denominada “Operação Pertinácia”, foi conduzida pela 3ª Delegacia de Combate à Corrupção (3ª DECOR) da Polícia Civil.

O principal objetivo da operação foi combater e desarticular um esquema criminoso que frauda licitações para a compra de gêneros alimentícios dos agricultores familiares. Segundo as investigações, um grupo estruturou a cooperativa ilegalmente para obter vantagens indevidas em processos licitatórios, tornando-se a principal contratada por municípios catarinenses e gerando lucros milionários para seus representantes, o que comprometeu a competitividade nas licitações públicas.

Com base nas apurações da 3ª DECOR, a Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 12 milhões dos investigados e impôs medidas cautelares, como a suspensão das atividades econômicas da cooperativa. Durante o cumprimento das ordens judiciais, três veículos foram apreendidos em Barra Velha. A operação contou com o apoio do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC) e do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil.

Esse esquema não é novo. Os investigados já haviam sido alvos da “Operação Triangular”, realizada pela mesma delegacia em agosto de 2022, que também focou na mesma cooperativa. Naquela ocasião, o delegado Rodrigo Dantas coordenou 17 mandados de busca e apreensão em cinco cidades, incluindo Barra Velha e São João do Itaperiú. A investigação anterior mirou fraudes em kits de alimentação destinados a crianças em idade escolar e resultou na prisão de um envolvido com tráfico de drogas.

A operação recebeu o nome “Triangular” devido aos vários núcleos investigados: a cooperativa, empresas parceiras e agentes públicos nas prefeituras. O grupo também atuava no setor supermercadista do litoral catarinense e era suspeito de superfaturamento em alguns dos itens fornecidos.

Esse novo escândalo levanta sérias preocupações sobre a integridade das licitações públicas e a necessidade de um controle mais rigoroso sobre as práticas das cooperativas e empresas envolvidas na aquisição de produtos agrícolas.

Fique atento às atualizações sobre este caso que promete repercutir ainda mais nas próximas semanas.