MPF em Chapecó recomenda que instituições de ensino não permitam assédio moral a professores

Caso da deputada Ana Caroline Campagnolo 

Procurador da República Carlos Prola Jr. atende representações que denunciaram deputada eleita. 

O Ministério Público Federal em Chapecó (SC) recomendou às instituições de ensino superior da região e gerências regionais de educação, que se abstenham de qualquer atuação ou sanção arbitrária e que impeçam qualquer forma de assédio moral a professores, por parte de estudantes, familiares ou responsáveis. A recomendação atende representações recebidas pelo Ministério Público Federal (MPF) informando que a deputada estadual eleita Ana Caroline Campagnolo estaria conclamando estudantes a realizar filmagens do que denomina

“professores doutrinadores” que, segundo ela, “inconformados e revoltados” com o resultado da eleição para presidente da República, fariam das salas de aula “auditório cativo para suas queixas político-partidárias”, insuflando então os estudantes a filmar e gravar todas as manifestações que, em seu entendimento, seriam “político-partidárias ou ideológica (sic)”.

Deputada Ana Carolina Campagnolo-PSL

Na recomendaçã, o MPF esclarece que pesquisas realizadas no Facebook

“denotam que efetivamente a deputada estadual catarinense, eleita no recente pleito, manifestou-se nesse sentido”.

O MPF considera ainda que a conduta,

“além de configurar flagrante censura prévia e provável assédio moral em relação a todos os professores do estado de Santa Catarina, das instituições públicas e privadas de ensino, não apenas da educação básica e do ensino médio, mas também do ensino superior, afronta claramente a liberdade e a pluralidade de ensino”.

Fotos: Divulgação internet

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