No último sábado, 9 de novembro, Paula Michele, mãe de Theo, um bebê de apenas 9 meses, procurou o Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, após o filho apresentar sintomas preocupantes. Theo havia vomitado e sofrido de diarreia, além de estar extremamente agitado e ter desmaiado.
“Ele não reagia, estava chorando muito”, descreveu Paula, que foi levada ao hospital pelo pai.
Ao chegar na portaria do pronto-socorro, Paula entrou com Theo desmaiado. O atendimento inicial incluiu a administração de remédios para vômito e a colocação do bebê em soro. Após cerca de uma hora em observação, o médico liberou a criança alegando que ele estava com uma virose, mais especificamente uma gastroenterite viral.
Contudo, Paula questionou a equipe médica sobre a falta de exames: “Eu falei, doutor, não é melhor fazer um exame de sangue? Meu filho é tranquilo e naquele dia ele estava nervoso e desmaiando.”
A resposta da equipe foi negativa; não era necessário realizar exames. Após receber alta com a receita para tratar a virose, Theo vomitou novamente na porta do hospital.
Indignada com a situação, Paula decidiu levar o filho para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Barra.
“Lá eles já entraram com todos os exames: sangue, urina e até raio-X”, relatou. Foi nesse momento que os médicos identificaram um quadro grave: Theo começou a evacuar sangue.
Os exames que deveriam ter sido realizados no Hospital Ruth Cardoso foram feitos na UPA. A médica responsável alertou Paula sobre a gravidade da situação e decidiu encaminhar o menino imediatamente para o Hospital Pequeno Anjo, onde ele precisaria passar por uma cirurgia urgente devido a uma invaginação intestinal.
Paula expressou sua indignação:
“Se dependesse do Hospital Ruth Cardoso, meu filho teria sido levado para casa, já que foi liberado ali mesmo. Graças à minha insistência em buscar outro atendimento, ele pôde receber o tratamento adequado e não correu risco de morte.”
Atualmente, Theo está internado no Hospital Pequeno Anjo em Itajaí, onde passou pela cirurgia e se recupera bem.
“Agora está sendo bem cuidado. Ele fez a cirurgia ontem de manhã e está se recuperando graças a Deus”, disse Paula aliviada.
Ela ainda ressaltou a importância de se ouvir as mães no processo de atendimento:
“Eu sou mãe de quatro filhos e sei quando meu filho está realmente doente. Profissionais despreparados não escutam o lado da mãe.”
A história de Paula e Theo levanta questões cruciais sobre a qualidade do atendimento nas unidades de saúde e a necessidade de um olhar atento às queixas dos familiares durante emergências médicas.
Jornalismo O Janelão / Reportagem Exclusiva