O uso do Arcanjo-6 como avião particular chegou a um nível inaceitável. Veja o relato:
Um bebê em Lages, diagnosticado com cardiopatia grave, também precisou ser transportado de maneira urgente. Mais uma vez – e como de praxe – as aeronaves Arcanjos (02 e 06) foram acionadas para o transporte. A resposta do setor de regulação foi muito similar ao caso anterior: o Arcanjo 02 ainda se encontrava em manutenção e o 06 em uma nova missão com o Governador.
Dois dias depois, devido a piora no quadro clínico do bebê, o pedido foi arquivado. Uma nova solicitação foi aberta quatro dias depois do requerimento inicial. Com a celeridade que deveria ser usual, desta vez a transferência foi realizada no mesmo dia. Infelizmente, de acordo com o que foi apurado, o bebê não resistiu e veio a falecer.
Pergunto: se o avião estivesse disponível já no primeiro pedido, quando aeronave se encontrava com o Governador, o bebê estaria vivo? Claro que não podemos afirmar isso, mas só o fato de haver essa chance, já mostra a gravidade do caso. A saúde não pode ser relativizada. Precisou, o serviço tem que estar, obrigatoriamente, disponível.
Temos que nos posicionar e agir para acabar com o uso irresponsável do Arcanjo-6. Não só isso, também temos que nos mobilizar para que essas ações não sigam impunes. Desejo meus sentimentos para essa mãe. Lutarei, com todas minhas forças, para que casos como esse não se repitam.
Por Bruno Souza ( DEP. ESTADUAL)