Empresa que faz limpeza das ruas de Camboriú é alvo da Polícia Civil em Gaspar

A Polícia Civil de Santa Catarina, através da 4ª Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (4DECOR), deflagrou na manhã desta última quarta-feira a Operação Limpeza Urbana.

A ação investiga um esquema de superfaturamento nos serviços de limpeza urbana, que foram prestados pela empresa Ecosystem entre os anos de 2017 e 2023, inicialmente sob a responsabilidade da Secretaria de Obras do Município de Gaspar.

As investigações começaram após o recebimento de documentos e informações que indicavam irregularidades nos serviços de varrição, carpina e roçada realizados nas vias públicas de Gaspar. Os dados apontaram que as medições dos serviços prestados pela Ecosystem estavam acima do normal, especialmente nas áreas verdes da cidade.

A Polícia Civil revelou que as medições ultrapassavam até mesmo a extensão dos terrenos, com a conivência de servidores públicos responsáveis pela fiscalização.

Em Camboriú

A Ecosystem também presta serviços em Camboriú, onde venceu licitações em 2021 e 2022, ambas no valor de R$ 2.465.000,00, além de um contrato assinado em janeiro de 2024 no total de R$ 4.871.000,00.

No entanto, o último contrato foi alvo de uma ação judicial que suspendeu o pregão devido a acusações de direcionamento no edital. A exigência de um caminhão com varredeira específico para a execução dos serviços fez com que concorrentes com propostas mais baixas fossem desclassificados. Diversas empresas tentaram impugnar o edital por considerar as exigências como direcionadas à Ecosystem, mas todas as tentativas foram frustradas. O cenário se torna ainda mais complexo ao notar que a gestão do serviço passou da Secretaria de Obras para o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE), cujo presidente é o ex-secretário da pasta que supervisionou os contratos. Durante a operação, a Polícia Civil realizou buscas nas residências dos fiscais dos contratos e ex-secretários envolvidos na gestão dos serviços superfaturados.

A ação contou com o apoio da Coordenadoria Estadual de Combate à Corrupção (CECOR) e diversas delegacias regionais.

A Operação Limpeza Urbana destaca não apenas as questões relacionadas ao superfaturamento, mas também levanta preocupações sobre a gestão pública e a necessidade urgente de maior transparência nos processos licitatórios.

As investigações continuam, e novos desdobramentos podem ocorrer na busca por justiça e responsabilização dos envolvidos.

Jornalismo O Janelão – Fonte Portal Visse!

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