Diálogo entre taxistas de Camboriú e prefeitura de BC avança

Na última quinta-feira (6) representantes dos trabalhadores dos táxis de Camboriú, se reuniram com o prefeito de Balneário Camboriú, buscando ações e medidas que assegurem aos profissionais o direito de trabalhar sem serem perseguidos em Balneário Camboriú, como bandidos. Hoje os motoristas que forem abordados dentro de Balneário Camboriú buscando passageiros, estão tendo seus veículos removidos ao pátio do DETRAN.

ENTENDA O CASO:

A Lei Municipal nº 3.710, de 22 de setembro de 2014 e o decreto lei 8527/2017 de Fabrício de Oliveira autorizam os agentes a aplicarem uma severa multa que pode chegar a quase 3.000 mil reais em caso de reincidência.

A maior chiadeira dos trabalhadores é que no Art 231 do CTB está previsto apenas multa e retenção do veículo que estiver irregular, e a Lei Municipal nº 3.710, de 22 de setembro de 2014 e o decreto 8527/2017 feito por Fabrício autoriza a prefeitura também remover e guinchar os veículos ao pátio do DETRAN e aplicar multas que vão de uma a dez UFM.

No entendimento dos trabalhadores na época que a lei foi feita não havia UBER e agora com a chegada dos serviços de aplicativos, os trabalhadores que possuem concessões estão sendo prejudicados e praticamente falindo. É o caso de Ivanir Fagundes, uma mototaxista que após ser autuada por essa lei, acabou tendo que deixar de trabalhar no mototaxi e hoje trabalha com coleta de reciclagem nas ruas da cidade de Camboriú e região.

Há poucos dias houve uma grande injustiça : o taxista Rodrigo, de Camboriú, foi autuado quando tinha acabado de deixar um passageiro em um ponto de táxi em Balneário Camboriú. A prefeitura alegou que ele estava buscando passageiros, porém o trabalhador tinha áudio e provas que buscou o passageiro no bairro Santa Regina em Camboriú e deixou o passageiro em Balneário Camboriú. Mesmo com o depoimento do passageiro os agentes não deram colher de chá e aplicaram o que diz o Decreto 8527/17. Resultado disso, o táxi foi guinchado ao pátio, foi multado em quase R$ 3 mil reais e pior até hoje proprietário no veículo não consegue trabalhar com o táxi. Um prejuízo irreparável. O motorista do táxi registrou um B.O contra a prefeitura, mas perdeu o emprego.

DIÁLOGO AVANÇA

Os trabalhadores já haviam feito reuniões com representantes do governo Fabrício, na busca de uma solução amigável e satisfatória, em uma dessas oportunidades o vice-prefeito Carlos Humberto recebeu em seu gabinete uma comissão que nosso jornal acompanhou, mas nada foi resolvido.

Nessa quinta-feira(6) em uma nova reunião, essa no gabinete do prefeito Fabrício de Oliveira, aconteceu uma nova tentativa de dialogo entre os trabalhadores e o prefeito de Balneário. A reunião dessa vez foi produtiva e positiva e ficou agendado uma nova reunião, para a próxima semana, essa envolvendo os poderes públicos das duas cidades e representantes das categorias tanto do táxi como mototáxi das duas cidades, para se chegue a uma solução definitiva do problema. Vamos torcer que de certo.

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