Na última terça-feira, 24 de setembro, o deputado federal Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, encerrou sua tour por Santa Catarina com um evento em Balneário Camboriú que atraiu a atenção de diversas lideranças políticas locais. Durante o encontro, Ferreira enfatizou a relevância das eleições municipais de 2026, destacando que essas eleições não apenas moldarão o futuro das cidades, mas também terão impacto direto na composição do Congresso e na escolha do presidente da República.
“É crucial saber quem está ao nosso lado e quem está alinhado com a esquerda. Os prefeitos desempenham um papel vital em apoiar aqueles que queremos no governo federal”, afirmou Nikolas. Sua declaração reflete uma estratégia clara: mobilizar o eleitorado em torno da importância do apoio local para influenciar decisões nacionais.
Em contrapartida, a candidatura representativa da esquerda em Balneário Camboriú é a de Marisa Zanoni, do partido BC da Esperança (13), o que intensifica a disputa política na região. A rivalidade entre os partidos se torna ainda mais evidente com a competição entre o PL e o PSD, este último liderado por Gilberto Kassab e que atualmente possui um número significativo de prefeitos em todo o país.
Conflito ideológico e estratégias eleitorais
O discurso de Nikolas Ferreira não se limita apenas ao apoio a Peeter; ele também busca deslegitimar o PSD como uma alternativa viável para os eleitores. O deputado tenta colar a imagem do PSD à esquerda, embora essa narrativa seja contestada pela própria estrutura do partido, que se posiciona como uma legenda de centro-direita e tem conseguido atrair diversos prefeitos. Em Santa Catarina, essa rivalidade é personificada na disputa entre Jorginho Mello (PL) e João Rodrigues (PSD), ambos figuras proeminentes da cena política local.
O ponto curioso é que Nikolas Ferreira parece adotar uma postura flexível em relação ao PSD. Em Londrina, por exemplo, ele esteve ao lado de candidatos do partido, desafiando sua própria retórica contra os social-democratas. Essa ambiguidade levanta questões sobre a coerência de suas críticas e a estratégia política adotada.
Além disso, outro episódio que exacerbou as tensões foi a campanha “Não ao 55”, promovida pelo deputado goiano Gustavo Gayer (PL). Gayer criticou o PSD pela falta de apoio ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes e alegou que o partido estaria alinhado com o governo Lula. Sua abordagem provocou respostas contundentes de lideranças do PSD, como João Rodrigues, que destacou que 22 parlamentares do PL também não assinaram o pedido de impeachment. “Se 14 é motivo suficiente para não votar no 55, o que dizer dos 22?”, questionou Rodrigues em um vídeo nas redes sociais.
O PASSADO DO PL E DO PSD
Em 2012 Dilma do PT, se reelegeu presidente do Brasil na coligação ‘Com a força do povo’, que além do PT reuniu do PL “antigo PR” PMDB, PDT, PC do B, PP, PSD, PROS e PRB “hoje Republicanos”. Aliás José Alencar foi vice de Lula nos dois primeiros mandatos do presidente e Alencar era do PL, antigo PR.
Conclusão
Com as eleições municipais se aproximando, a tensão entre os partidos parece aumentar à medida que cada lado tenta consolidar seu espaço político. A figura de Nikolas Ferreira emerge como um agente provocador nesse cenário conturbado, buscando unir forças e dividir adversários enquanto navega pelas complexidades das alianças políticas. O futuro das candidaturas em Santa Catarina e as implicações para as eleições gerais de 2026 continuarão sendo um tema central nos debates políticos da região.