Catarinense planejava atentado contra Alexandre de Moraes, revela ex-esposa

Uma investigação da Polícia Federal (PF) está em andamento após um atentado com explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira, 13 de novembro. O autor do ataque, identificado como Francisco Wanderley Luiz, um ex-candidato a vereador pelo PL de Santa Catarina, tinha planos explícitos de matar o ministro Alexandre de Moraes, conforme revelações feitas por sua ex-esposa, Daiane.

Daiane contou aos agentes da PF que Francisco participava ativamente de acampamentos golpistas em Santa Catarina desde a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Em sua casa no Distrito Federal, a polícia encontrou inscrições que fazem referência aos eventos de 8 de janeiro e um plano relacionado ao uso de bombas. Além disso, registros de pesquisas feitas por Francisco no Google indicam um planejamento metódico para o atentado.

Ao tomar conhecimento das intenções do ex-marido, Daiane expressou sua preocupação: “Você vai mesmo fazer essa loucura?”. Essa pergunta reflete a gravidade da situação e a preocupação com a escalada da violência política política da extrema direita no Brasil.

Francisco Wanderley era conhecido por suas publicações nas redes sociais, onde frequentemente fazia ameaças a ministros do STF e outras figuras públicas. De acordo com um informe exclusivo da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), ele tinha uma presença online marcada por discursos extremistas e incitação à violência.

Em uma casa de Ceilândia

A PF também investiga os laços de Francisco com outros grupos radicais. Durante as buscas na casa que ele ocupava em Brasília, os agentes encontraram uma mensagem escrita em um espelho que remetia à vandalização da Estátua da Justiça, feita por uma conhecida radical identificada como Débora Rodrigues. A mensagem deixada por Francisco dizia:

“DEBORA RODRIGUES, Por favor não desperdice batom. Isso é para deixar as mulheres bonitas. Estátua de merda se usa TNT.” Essa frase chocante revela o nível de fanatismo e desrespeito à ordem pública que permeia o discurso desses indivíduos.

Em suas redes sociais, Francisco também deixou pistas sobre suas intenções violentas. Em uma postagem, ele afirmava que a PF tinha “72 horas” para “desarmar a bomba”, enquanto em outra mencionava o dia do ataque como um “grande acontecimento”. Essas declarações levantam questões sobre a motivação e o planejamento por trás do atentado.

Foto Metrópoles

A situação evidencia não apenas o crescente extremismo político no Brasil, mas também os riscos associados à desinformação e à radicalização nas redes sociais. A PF segue investigando o caso para entender melhor as conexões de Francisco Wanderley com outros indivíduos e grupos que possam estar envolvidos em atividades semelhantes.

Esse atentado é um alerta sobre a necessidade urgente de medidas eficazes para combater a violência política e proteger as instituições democráticas no país. A sociedade se questiona: até onde estão dispostos a ir aqueles que se opõem ao sistema? E quais serão as consequências dessa radicalização crescente?

Jornalismo O Janelão

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