Times de massa querem mandar no futebol brasileiro

Mesmo com toda segurança de alguns cartolas presentes, a criação de uma liga independente do futebol brasileiro ainda gera divergência entre clubes. Presente nesta terça-feira (03) em um hotel de São Paulo para o debate sobre a formatação da organização chamada de ‘Libra‘, Mario Celso Petraglia esfriou a temperatura a respeito de um acordo.

O presidente do Athletico-PR criticou alguns pontos e atacou os ‘clubes de massa’. O dirigente citou divergências especialmente nas discussões sobre direitos de TV e avisou que há temas que precisam de maior debate com todos os envolvidos, citando que ‘prefere renunciar do que ir contra seus princípios’.

“Fomos surpreendidos com a pauta da reunião, pontos que não concordamos. São poucos, facilmente chegaremos lá. Mas houve inversão de objetivos, não se discutiu nada. Presença de presidente da Federação Paulista representando a CBF. Falei com a Fifa sobre a liga brasileira, eles virão em junho conversar com a CBF. Seria uma conversa entre os clubes para ajustar os pontos. Vieram com estatutos prontos, onde os seis assinariam e quem quisesse assinar ficasse à vontade. Nem estudei o estatuto (risos)”.“Nós recebemos uma proposta com itens de divisão de valores, Série A, Série B. Série B nem foi convidada. A vaidade dos clubes com grandes torcidas é imensa. Eles querem ser donos do futebol brasileiro. Estou há mais de 20 anos no futebol, reunião como essas tive várias. Por trás acontecem os interesses peculiares, de poder, conduz aquilo para o seu umbigo. Não vou levar meu clube no fim da minha caminhada com uma liga que não esteja de acordo com aquilo que penso para o futebol. Prefiro renunciar do que assinar algo contra os meus princípios. Começando mal, jamais será mudado”.

Um segundo bloco, formado por América-MG, Atlético-GO, Athletico Paranaense, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiás e Juventude – integrantes do Movimento Futebol Forte -, pediu mais tempo de discussão para alinhar ideias antes da criação efetiva da liga. O principal entrave é a divisão do dinheiro dos direitos de transmissão das partidas, na qual o grupo não quer sair prejudicado. Uma nova reunião com 40 clubes (20 de cada uma das principais séries do campeonato) está marcada para a próxima semana.

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