O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva de Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como “Fátima de Tubarão”, uma aposentada de 67 anos. Ela foi detida por participar dos atos golpistas do dia 8 de janeiro contra a sede dos três poderes em Brasília.
A decisão do ministro foi publicada em 2 de julho e destaca que a prisão preventiva é necessária para interromper suas atividades criminosas, pois existem “indícios significativos” de sua participação na invasão aos prédios públicos.
A defesa dela solicitou prisão domiciliar, mas o pedido foi negado por Moraes, que ressaltou a impossibilidade de substituir a prisão preventiva por medidas cautelares alternativas. Ele argumentou que os fundamentos para a prisão continuam válidos e que não houve nada nos autos que justificasse sua revisão.
Moraes também destacou a influência de Maria de Fátima sobre os outros envolvidos nos atos, sua postura de desprezo pelos Poderes instituídos e as tentativas de ataque ao sistema democrático e às Instituições Republicanas.
Maria de Fátima se tornou ré no STF no ano passado e está respondendo a um processo penal que deve ser julgado em agosto. A defesa negou as acusações e argumentou que o tema não era competência da Corte, pedindo a rejeição da denúncia.
Passado no crime
Fátima teve condenação por tráfico de drogas. Antes do envolvimento nos atos golpistas, “Dona Fátima” já tinha antecedentes criminais. Ela foi condenada por tráfico de drogas, com envolvimento de menor, no ano de 2014.
Jornalismo O Janelão
