O resultado dos dois últimos censos demográficos realizado no Brasil, 2010 e 2022, nos aponta para um Brasil envelhecido. E esse processo de envelhecimento da população brasileira, segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, vem ocorrendo de forma mais acelerada do que a média internacional, com tendência de se tornar ainda três vezes maior até 2050. Diante destes resultados, o Conselho Municipal do Idoso de Camboriú, vem com imensa satisfação, realizar a Conferencia Municipal da Pessoa Idosa no dia 20 de março de 2025 no Instituto Federal Catarinense.
A urgência por equidade nos direitos das pessoas idosas se torna ainda mais evidente diante dos desafios contemporâneos, como a pandemia (de COVID-19), as desigualdades sociais e a crescente vulnerabilidade de grupos específicos. Atualmente, 15,8% da população brasileira, ou 32.113.490 de pessoas com 60 anos ou mais, representam o cenário das múltiplas velhices, incluindo mulheres e homens de diversas etnias (amarela, branca, indígena, negra), identidades LGBTQIAPN+, quilombolas, além de pessoas em situação de rua e de privação de liberdade, entre outras especificidades.
A 6a CONADIPI, programada para ocorrer em Brasília em novembro de 2025, tem como tema “Envelhecimento Multicultural e Democracia: urgência por Equidade, Direitos e Participação”. Este evento reafirma nosso compromisso com a democracia e a participação social, além de lançar um olhar atento às múltiplas realidades da velhice. Para potencializar o diálogo entre o Estado e a sociedade civil, a 6a CONADIPI convida toda a sociedade brasileira para debater a agenda do envelhecimento, que está organizada em cinco eixos temáticos:
1. Financiamento das Políticas Públicas para ampliação e garantia dos
direitos sociais;
2. Fortalecimento das Políticas para a proteção à vida, à saúde e ao
acesso ao cuidado integral da pessoa idosa;
3. Proteção e Enfrentamento a todas as formas de violência, abandono
social e familiar da pessoa idosa;
4. Participação Social, Protagonismo e Vida Comunitária na
perspectiva das múltiplas velhices;
5. Consolidação e Fortalecimento da atuação dos Conselhos de Direitos
da Pessoa Idosa como Política do Estado Brasileiro.
