Por Edenilson Pozzobon, Camboriú – 19/08/2024
Com a crescente disseminação da mpox no continente africano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira (14), uma emergência em saúde pública internacional. Em Santa Catarina, a doença, que é popularmente conhecida como varíola dos macacos, já contabiliza 10 casos confirmados em 2024, sendo cinco deles na capital, Florianópolis.
Contexto Global e Local
A mpox tem se mostrado uma preocupação crescente para as autoridades de saúde. Dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) indicam que, até o momento, os casos no estado são distribuídos da seguinte forma:
- Florianópolis: 5 casos
- Itajaí: 4 casos
- Balneário Piçarras: 1 caso
Em comparação com 2023, quando Santa Catarina registrou 50 casos confirmados da doença, o aumento das notificações em 2024 chama atenção. O Ministério da Saúde (MS) do Brasil implementou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à mpox no país.
A Situação na África
A OMS alertou que a mpox tem causado surtos significativos na República Democrática do Congo e em outras regiões da África Central e Ocidental. Nos primeiros meses de 2024, já foram registradas mais de 14 mil notificações e 524 mortes relacionadas à doença. Esse cenário alarmante motivou a declaração de emergência pela OMS, destacando a necessidade de uma resposta rápida e eficaz.
O Que é a Mpox?
A mpox é uma doença viral zoonótica causada pelo vírus monkeypox, pertencente ao gênero Orthopoxvirus. Identificada pela primeira vez em 1958 em macacos utilizados para pesquisa, a condição foi nomeada devido à sua origem. O primeiro caso humano foi documentado em 1970 na República Democrática do Congo.
Os sintomas típicos incluem:
– Febre
– Dores musculares
– Fadiga
– Lesões cutâneas
– Linfadenopatia
Esses sintomas podem variar em gravidade e são acompanhados por lesões características na pele dos infectados.
Transmissão
A transmissão do vírus ocorre por meio do contato direto com lesões cutâneas de infectados ou animais portadores, fluidos corporais e via respiratória através de gotículas de saliva. Essa variedade de modos de transmissão torna a vigilância e o controle da doença ainda mais desafiadores.
Tratamento e Prevenção
Atualmente, não existe um tratamento específico para a mpox. O manejo clínico foca no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações. As vacinas mais utilizadas globalmente incluem ACAM2000 e Jynneos (também conhecida como Imvamune ou Imvanex), que têm se mostrado eficazes na prevenção da infecção.
Conclusão
Com o aumento dos casos confirmados em Santa Catarina e o alerta internacional da OMS, é fundamental que a população se mantenha informada sobre os riscos e sintomas da mpox. A colaboração entre as autoridades de saúde e a comunidade é crucial para conter a disseminação da doença e garantir uma resposta eficaz às emergências sanitárias que possam surgir.
Essa reportagem destaca não apenas os números preocupantes em Santa Catarina, mas também a importância do monitoramento contínuo e das medidas preventivas para enfrentar essa ameaça à saúde pública.
Jornalismo O Janelão