Médico explica o que fazer após a infecção que atinge 30% a mais de catarinenses neste ano.
Santa Catarina passa por uma explosão de casos de dengue. Só para se ter uma ideia, o número de notificações neste ano até então passou de 1330 para 1731 – um aumento de 30%. Os dados são da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina).

De acordo com o último informe da pasta, divulgado nesta quarta-feira (15), o estado já registra mais de 20 mil focos do mosquito, em 209 municípios. Já foram confirmados 1.731 casos de dengue. A maioria deles (1.507) são autóctones, ou seja, com transmissão dentro de Santa Catarina.
Segundo a pasta, o perfil das pessoas confirmadas com dengue em 2023 comparado com o do ano passado apresenta uma proporção maior de casos registrados em crianças e adolescentes de zero a 19 anos.
O registro da doença nessa faixa etária, passou de 19% para 26,2% dos casos. Além disso, o número de casos com sinais de alarme para cada 100 casos de dengue, aumentou nessas idades, de 1,7 passou para 6,7. O mesmo se reflete nas hospitalizações. Enquanto 2,5% dos casos na população em geral são internados, na faixa etária de 0 a 19 anos, a taxa vai para 31,4%.
A Dive também traz ainda um alerta sobre outros sinais e sintomas da doença em menores de dois anos: choro persistente, fraqueza muscular e irritabilidade, podendo ser confundidos com outros quadros infecciosos frequentes nessa faixa etária.
Grupos de risco
Além das crianças, são considerados grupos de risco para dengue: gestantes, adultos com idade acima de 65 anos, pessoas com comorbidades, como hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc), asma, obesidade, doenças hematológicas crônicas (principalmente anemia falciforme e púrpuras), doença renal crônica, doença ácido péptica, hepatopatias e doenças autoimunes.

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- Mantenha lixeiras tampadas;
- Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
- Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana;
- Mantenha ralos fechados e desentupidos;
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
- Retire a água acumulada em lajes;
- Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
- Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
- Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue.
- Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
- Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya o zika vírus, procure uma unidade de saúde.
REDAÇÃO ND, FLORIANÓPOLIS

