Pórtico de Camboriú: símbolo de descaso e desperdício de dinheiro público

Camboriú, SC – O ditado “Nada é tão ruim que não possa piorar” parece ter encontrado seu palco em Camboriú. O pórtico, obra entregue pelo antigo governo municipal, liderado pelo então prefeito Elcio Kuhnen, encontra-se em estado lastimável, desmoronando e levantando questionamentos sobre a gestão passada e o destino do dinheiro público. As denúncias feitas na época sobre a qualidade da construção e os custos exorbitantes, que pareciam exageradas, hoje se mostram mais do que fundamentadas.

Foto Edenilson Pozzobon

 

A estrutura, que deveria ser um cartão de visitas para a cidade, está literalmente se desfazendo. Pedaços do pórtico caem, colocando em risco a segurança de quem transita pela área, incluindo, segundo relatos, até mesmo moradores em situação de rua que encontraram abrigo improvisado sob a precária construção. O cenário é de abandono e descaso, um reflexo gritante da falta de manutenção e do que parece ter sido uma obra mal planejada e executada.

Foto: Edenilson Pozzobon

O problema se arrastou desde a fase de licitação, quando o valor inicialmente previsto para a obra era de aproximadamente 300 mil reais, com a promessa de cobertura por emenda parlamentar. No entanto, para a surpresa de muitos, a licitação foi lançada na época com um valor significativamente maior, ultrapassando os 615 mil reais – o dobro do valor inicial. Essa discrepância já levantava suspeitas na época, e o resultado atual comprova que o dinheiro investido parece ter sido, em grande parte, desperdiçado.

Além do alto custo, a região do pórtico sofre com a falta de zelo básico. O mato cresceu descontroladamente e o acúmulo de sujeira evidencia a negligência da antiga gestão em manter a limpeza e a conservação do local.

Um contraste gritante com a grandiosidade e o custo da obra que, ironicamente, deveria embelezar a cidade.

A qualidade do material utilizado na construção também foi alvo de críticas severas. Longe de atender às expectativas e às promessas feitas à população, o material se mostrou de péssima qualidade, comprometendo a durabilidade e a segurança da estrutura. O resultado é um monumento ao desperdício, pago com os impostos dos cidadãos camboriuenses.

Diante deste cenário desolador, surgem indagações inevitáveis: quem será responsabilizado por este descalabro? As denúncias de superfaturamento e má qualidade da obra, que na época foram minimizadas, agora ecoam com força total. A população anseia por respostas e por uma apuração rigorosa dos fatos.

Resta agora saber qual será o posicionamento da atual administração, liderada pelo prefeito Leonel Pavan, haverá um plano de recuperação para o pórtico o prefeito em outro plano?

Serão tomadas medidas para evitar que situações como essa se repitam?

A comunidade aguarda com expectativa as providências que serão tomadas para sanar este grave problema e garantir que o dinheiro público seja, de fato, aplicado em benefício da população.

Jornalismo O Janelão

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