Um protesto na Câmara dos Deputados tomou um rumo incomum nesta quarta-feira (07/08), quando a deputada bolsonarista Julia Zanatta (PL-SC) levou seu bebê para o plenário, onde ocorria uma ocupação em protesto contra a prisão de Jair Bolsonaro.
A ação gerou reações imediatas. O deputado Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, acionou o Conselho Tutelar de Brasília, alegando que a conduta da deputada expôs a criança a um ambiente de instabilidade e risco, o que contraria o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Zanatta, por sua vez, postou uma foto sentada na cadeira da presidência da Câmara, com a legenda:
“Plantão na Câmara dos Deputados para tomada de providências. Estou sentada na cadeira do presidente Hugo Motta. Ahhhh quantas coisas poderíamos fazer se o titular dessa cadeira tivesse coragem”.
Enquanto isso, para tentar garantir a realização da sessão, a presidência da Câmara determinou o fechamento do acesso ao plenário e posicionou agentes da polícia legislativa na entrada. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, adotou uma estratégia diferente, realizando a sessão deliberativa remotamente para evitar paralisações.
A situação levanta debates sobre os limites do protesto político e a proteção de crianças em ambientes institucionais.