Operação encontra 17 trabalhadores em condições de escravidão no Oeste de SC

Ação foi deflagrada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel e ocorreu em Santa Catarina e Paraná.

O  Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) realizou uma operação no período de 10 a 19 de setembro nos estados do Paraná e Santa Catarina, com objetivo de combater o trabalho escravo. A ação se concentrou na região dos municípios de Coronel Domingos Soares/PR e Passos Maia/SC.

Operação encontra 17 trabalhadores em condições de escravidão no Oeste de SC

Ação foi deflagrada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel e ocorreu em Santa Catarina e Paraná.

O  Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) realizou uma operação no período de 10 a 19 de setembro nos estados do Paraná e Santa Catarina, com objetivo de combater o trabalho escravo. A ação se concentrou na região dos municípios de Coronel Domingos Soares/PR e Passos Maia/SC.

A operação, coordenada pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), contou com a participação da Defensoria Pública da União (DPU) e da Polícia Federal.

Em Passos Maia, no Oeste do Estado, os agentes encontraram um acampamento usado para alojamento de 17 trabalhadores que atuavam no corte de pinus. Segundo a SIT, todos estavam na informalidade, dentre eles, cinco pessoas eram submetidas a condições degradantes de trabalho.

“Um alojamento muito ruim, que causou a nossa interpretação de trabalho escravo”, disse o Coordenador da operação, Cláudio Secchin. O local possuía precárias condições de higiene.

Também foi encontrado um adolescente de 16 anos trabalhando em atividade perigosa, operando uma motosserra.

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Ainda de acordo com a SIT, havia um fogão à lenha no mesmo cômodo utilizado como dormitório, onde estavam beliches para o repouso dos trabalhadores. Além disso, o alojamento era construído com madeira, sendo, portanto, de fácil combustão.

“Sujeitando os trabalhadores a risco de intoxicação por fumaça da queima da lenha para o preparo de alimentos, bem como a risco de incêndio”, disse a SIT, em nota.

Remuneração

Na presença da GEFM, os trabalhadores resgatados receberam o pagamento das verbas rescisórias, totalizando R$19.285,01 e terão direito ao recebimento de três parcelas do seguro desemprego do trabalhador resgatado.

O adolescente, natural de General Carneiro/PR, foi afastado de suas atividades e teve seus direitos trabalhistas pagos pelo empregador. Além disso, recebeu R$4.888,33 por dano moral, valor estipulado pela Defensoria Pública da União.

O empregador foi autuado com 15 Autos de Infração pelas irregularidades encontradas.

WILLIAN RICARDO, CHAPECÓ
Flagrante foi no Oeste do Estado – SIT/Divulgação/ND

17 pessoas estavam no acampamento.

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