Militantes do MST rendem e tiram policiais a força de rodovia durante bloqueio

MST libera PR-170 após três horas de manifestação, em Guarapuava.

Manifestação reivindicou reforma agrária na região. Polícia afirma que integrantes do MST continuam nas proximidades e há risco de nova interdição.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) liberaram temporariamente a PR-170 em Guarapuava, na região central do Paraná, que ficou bloqueada por cerca de três horas na manhã desta quinta-feira (19).

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), dois policiais do 16º Batalhão de Polícia Militar que tentavam negociar a liberação da rodovia foram arrastados pelo pescoço e retirados da pista pelos manifestantes. Eles foram liberados logo em seguida e passam bem.

Na sequência, a pista também foi liberada, “mas integrantes do MST continuam nas proximidades, em um barracão, com risco de novamente interditarem a rodovia”, diz a polícia.

A manifestação iniciou na tarde de quarta-feira (18), foi paralisada e retomada na manhã desta quinta-feira (19), na altura do KM 390. Neste períodos, foi permitido apenas o tráfego de veículos de saúde.

Nesta manhã, a fila chegou a somar cerca de 6 km de congestionamento sentido Pinhão e 3 km de congestionamento sentido Guarapuava.

Reforma agrária

O MST afirma que o motivo da manifestação é “cobrar uma resposta efetiva do INCRA [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Paraná] para a Reforma Agrária na região”.

O movimento busca a regularização fundiária de 14 comunidades camponesas Sem Terra e de Posseiros, localizadas nos municípios de Inácio Martins, Pinhão e Guarapuava , na região central do estado, e Reserva do Iguaçu, no sudoeste .

Juntas, as comunidades formam a chamada “Brigada Cacique Guairacá” do MST-PR.

“As pautas foram apresentadas em uma assembleia com o INCRA, realizada na região há 90 dias. Sem resposta do órgão na data prometida, as famílias ocuparam a estrada sem prazo para sair, até que sejam ouvidas”, destaca o MST.

De acordo com o movimento, atualmente o Paraná possui 83 acampamentos, onde vivem cerca de 7 mil famílias.

Via RPC / News Net TV

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