Grupo responsável pela condenação de brasileira na Indonésia é preso em SC na operação Wallet

Operação Walle

“Não eram apenas mulheres, são jovens. A grande maioria sem atividade laboral definida e se aventuram nessa missão quase que suicida

Um dos pesos na operação Wallet, deflagrada nesta segunda-feira, 28, é o principal suspeito de ter comprado a passagem de avião para a Indonésia, que culminou com a prisão da brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, condenada naquele país pelo crime de tráfico de drogas.

Durante a operação desencadeada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da DEIC, coordenada pelo Delegado Cláudio Monteiro, denominada ‘Wallet’ em virtude dos investigados utilizarem dezenas de carteiras de criptoativos (Wallet) para armazenagem e transferência de grandes valores provenientes do tráfico de drogas, quatro pessoas foram presas em flagrante e 17 mandados de prisão foram cumpridos na ação, ocorrida em Santa Catarina.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Florianópolis, São José, Biguaçu, Imbituba, Camboriú e Navegantes.

Além disso foram cumpridas diversas ordens judiciais, entre as quais: Bloqueio de 16 carteiras (Wallet) de criptomoedas em uma das maiores corretoras do mundo; 32 mandados de buscas; bloqueio de 15 contas bancárias; bloqueio de empresas e apreensão de veículos.Conforme o delegado Cláudio Monteiro, responsável pela investigação, na manhã de hoje durante o cumprimento dos mandados, objetos e documentos foram apreendidos para avançar sobre o caso.

No ano de 2019, a mesma organização já havia sido presa pela DRE/DEIC/SC com grande quantidade de cocaína, drogas sintéticas, malas de viagem preparadas com aproximadamente 5kg de cocaína cada e prensa para produção de droga sintética.

A investigação da operação Wallet, se iniciou no ano de 2022, após levantamento que o mesmo grupo preso em 2019 continuava atuando fortemente no tráfico de drogas e envio de cocaína em malas de viagem.

No decorrer da investigação foi levantada ainda a suspeita do grupo ser o responsável pelo envio da cidadã brasileira que foi presa na Indonésia, em dezembro de 2022, com uma mala contendo cocaína em fundo falso.

Manuela foi detida em dezembro de 2022, com cerca de 3 quilos de cocaína na bagagem no aeroporto de Bali. Segundo a defesa da condenada, ela foi usada como ‘mula’ pelo grupo. O termo é usado para tratar pessoas usadas por traficantes para transportar droga nas fronteiras.

Em maio, ela foi condenada a 11 anos de prisão mais o pagamento de 1 bilhão de de rúpias indonésias, o equivalente a cerca de R$ 300 mil. Manuela segue presa no país.

Além de Manuela, outras pessoas jovens e sem empreso fixo eram enviadas com droga para outros países. A Polícia Civil informou que os envolvidos sabiam dos perigos e eram convencidos por meio de oferta de dinheiro.

“Não eram apenas mulheres, são jovens. A grande maioria sem atividade laboral definida e se aventuram nessa missão quase que suicida”, informou o delegado.

Outra pessoa, presa antes de embarcar no Brasil, foi identificada como mula do grupo.

O local da prisão não foi divulgado.

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