Governo Fabrício está perdido em contradições e incompetências

O governo Fabrício de Oliveira está sem prumo, perdido num cipoal de incompetências e contradições.

As idas e vindas de processos licitatórios falhos e ações sem pé e nem cabeça, torpedeados pelo Tribunal de Contas e pela Justiça na linha de partida, em iniciativas do Ministério Público (estacionamento rotativo, gestão do Ruth Cardoso, agência de publicidade, saneamento, pavimentação – apesar das “requalificações” anunciadas, ocupações irregulares, Canal Marambaia, para citar alguns casos), têm demonstrado, com meridiana clareza, a inexistência de foco e de direção.

A questão principal talvez nem esteja na incompetência pura e simples, senão na mania açodada de cada um ser uma ilha e tomar decisões sem coordenar com outras áreas, de tal modo que um faz e o outro de nada sabe, nem o prefeito, às vezes.

Há assessores do prefeito que se imaginam príncipes com um condado doado, podendo exercer ali a sua hegemonia sem ser incomodado, de modo autônomo e indiscutível.

A administração já perdeu assessores básicos, empossados no início como essenciais (Planejamento, Fazenda, Saúde, Educação, por exemplo), por pura controvérsia de estilo e também por conflitos de individualidades. Há queixas de que o prefeito em primeiro lugar não ouve e, quando ouve, entra por um ouvido e sai pelo outro. Segundo dizem, ele simplesmente desliga, não dá curso a nada, não dá sequência.

O caso típico da Vila Fortaleza é um deles: sob investigação do MP, várias vezes o Promotor titular pediu informações a respeito do andamento e nenhuma resposta obteve. Não há um controle. Não há gente ligada no assunto. Neste e em outros. A gestão dos negócios internos é feita em compartimentos estanques. Não se comunicam. Por isso essas coisas acontecem todos os dias, pelo visto. O resultado foi uma Ação Civil Pública contra o prefeito. Por desídia e erro interno da administração. O prefeito até tentou justificar, mas isso não resolve porque o que interessa é o fato ocorrido. Houve uma falha. Seria melhor reconhecer, se penitenciar e corrigir e, claro, chamar às falas quem falhou. Parece que há intocáveis dentro da administração.

Bom lembrar – se o governo ainda não percebeu -, que dois anos já se foram. Meio mandato. Era tempo de ter os pés no chão e a cabeça no lugar.

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