Competição de fisiculturismo iniciou quinta (2) e se encerra neste domingo em Orlando, nos Estados Unidos.
Com uma história pessoal de superação que tem repercutido em podcasts de todo o país, a catarinense Zama Benta, uma das principais expectativas do Brasil no Mr Olympia 2023, ficou com a terceira colocação das melhores do mundo na categoria Women’s Physique. A atleta de Itajaí era uma das estrantes na competição mundial. O evento de fisiculturismo começou na quinta (2) e se encerra neste domingo (5), em Orlando, Flórida, Estados Unidos.
De faxineira a fisiculturista
A fisiculturista Zama Benta vive a melhor fase da carreira profissional, mas ela teve que batalhar muito para alcançar o patamar que ocupa atualmente. Mãe de dois filhos, de 15 e 11 anos, a catarinense chegou a trabalhar como faxineira em academia para conseguir treinar e sustentar sua família. Agora patrocinada por uma empresa de suplementos, a atleta vive do esporte que mudou a sua vida há 07 anos.
Até então sedentária, a disciplina do esporte chamou a atenção de Zama. “No final de 2016 foi a primeira vez que eu pisei em uma academia. A princípio, fui só para sair do sedentarismo. Eu sempre fui muito disciplinada em tudo na minha vida, então o fisiculturismo logo me chamou a atenção”, contou.
Divorciada e com dois filhos, ganhar comida fez parte da jornada de superação.
“Quando comecei no esporte, eu tinha acabado de me divorciar, e o único emprego que consegui foi em uma fábrica de peixe, onde eu ganhava 50 reais por dia. O que eu ganhava dava para pagar só uma dessas despesas: luz, água ou comida. Foi bem difícil. Depois consegui emprego em uma cozinha industrial e as coisas melhoraram um pouco porque meu patrão deixava escolher a comida que eu quisesse levar para casa, então eu não gastava com supermercado. Assim, fazia a minha dieta e alimentava os meus filhos com comida que ganhava”, revelou a fisiculturista.
Fazer faxina na academia também foi estratégia para economizar.
“Depois surgiu a oportunidade de trabalhar na academia como faxineira e topei na hora, porque aí não precisaria pagar a academia. Eu trabalhava das 03h30 às 09h. Pude trabalhar, ser remunerada, treinar sem custo e cuidar dos meus filhos, até que finalmente Deus me deu oportunidade de viver 100% do esporte”, concluiu Zama Benta.
Via Folha de São Paulo