Evento marca o lançamento do projeto Escola do Rio e Mar

Cerimônia foi realizada na Praça do Pescador, no Bairro da Barra, nesta terça-feira (4).

Foi lançado na tarde desta terça-feira (4) o projeto Escola do Rio e Mar, em cerimônia realizada na Praça do Pescador, no Bairro da Barra. A iniciativa tem como objetivo valorizar os saberes tradicionais das comunidades pesqueiras, fortalecer a cultura local e promover a educação ambiental e a cultura oceânica em Balneário Camboriú.

O evento contou com a presença de idealizadores do projeto, alunos e professores da rede municipal de ensino da Região Sul, bem como autoridades, vereadores e comunidade em geral.

Para a prefeita Juliana Pavan, o projeto nasce com o propósito de fortalecer a Política Municipal de Educação Ambiental, que já é consolidada por outras iniciativas no município. “Desde quando assumimos o governo, nosso compromisso enquanto administração é fortalecer o trabalho da educação ambiental. Então, esse é um momento muito importante, que abre espaço para essa troca de saberes, para que nossos alunos possam conhecer ainda mais as histórias da nossa comunidade pesqueira que se mantêm vivas. Quero agradecer a todo o nosso time que não mediu esforços para que nós pudéssemos lançar já no primeiro ano, atendendo as escolas aqui da Região Sul, e já lancei o desafio para que logo possamos abrir espaço para que todas as escolas municipais da cidade possam participar”, completou.

A subprefeita da Região Sul, Grasiela Martins, afirma que a escola representa muito mais que um projeto educacional, ela simboliza um compromisso com a identidade, com a história e com o futuro das próximas gerações. “Queremos que nossas crianças, jovens e famílias sintam orgulho dessa terra abençoada pelo encontro do rio com o mar. Que essa escola seja um espaço de aprendizado, conexão, preservação ambiental e formação de cidadãos conscientes, orgulhosos da nossa cultura e comprometidos com o futuro. Deixo um agradecimento especial aos pescadores, que são guardiões da sabedoria dessas águas. Vocês representam uma profissão honrada, construída com coragem, fé e profundo respeito à natureza”, enfatizou Grasiela.

A Escola do Rio e Mar promoverá oficinas conduzidas por mestres de saberes locais para resgatar e difundir a herança açoriana presente na gastronomia, no artesanato e na música locais. As atividades serão integradas ao turno escolar e realizadas na Escola de Arte e Artesanato (Casa Linhares), com possibilidade de realização nas próprias escolas, quando necessário.

“Meu sentimento é de muita alegria porque a gente está vendo que as coisas estão acontecendo. O foco maior do projeto é fortalecer a Política Municipal de Educação Ambiental, por isso estamos juntos com o Terra Limpa, o ReciclaBC e o Jacamasa, potencializando esse trabalho que vem sendo construído com muito carinho pela Prefeitura e pelos professores de todas as escolas”, ressaltou a bióloga e mestre em educação, Carla Cravo, servidora pública envolvida no projeto.

A vereadora Ciça Muller, que apresentou o projeto à Câmara de Vereadores, destacou que a Escola do Rio e Mar é uma prática em vários lugares do mundo, e que Balneário Camboriú merecia ter uma unidade também. “Reconhecer a importância da nossa bacia hidrográfica é reconhecer nossa própria história, a tradição dos nossos povos e como a gente sempre se desenvolveu através das regiões ribeirinhas. O projeto conta essas histórias, ensina as tradições pesqueiras e faz com que a gente reconheça Balneário Camboriú através das oficinas que serão oferecidas para as crianças e a comunidade”, completou.

O evento também contou com a presença do deputado estadual e presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), Marcos José de Abreu (Marquito), um dos parlamentares responsáveis pela destinação de emendas voltadas ao projeto. “Vejo a importância desse espaço como instrumento de educação ambiental, de valorização da cultura oceânica e de letramento voltado ao Currículo Azul. No entanto, vejo-o principalmente como um ponto de articulação entre a sociedade civil organizada, pescadores, comunidades tradicionais, o conhecimento técnico-científico e os espaços de educação formal e não formal”, ressaltou.

O projeto também foi contemplado com recursos provenientes de emendas parlamentares dos deputados Carlos Humberto e Mário Motta, que vão contribuir para o avanço e fortalecimento da iniciativa.

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