Hoje, 19 de outubro, a Bolívia enfrenta um segundo turno presidencial sem precedentes, marcado por uma crise nacional de escassez de combustível.

A situação é alarmante, com filas de veículos se estendendo por quilômetros em postos de gasolina, enquanto a Fiscalização Petrolífera Boliviana (YPFB) alertou que não pode garantir o fornecimento de combustível devido à falta de moeda estrangeira para compras no exterior.
CANDIDATOS DE DIREITA NO SEGUNDO TURNO
Com 7.567.207 cidadãos convocados às urnas, a escolha se resume entre Jorge “Tuto” Quiroga, um nome recorrente que representa uma continuidade conservadora, e Rodrigo Paz, um ex-prefeito cuja gestão foi marcada por polêmicas. Esta eleição é particularmente significativa, pois pela primeira vez em 20 anos, o MAS (Movimento ao Socialismo) não está na disputa, um reflexo da fragmentação da esquerda boliviana.
As pesquisas indicam uma vantagem para Quiroga, que é apoiado por uma base conservadora e tem um histórico de laços estreitos com os Estados Unidos. Em contrapartida, Paz tenta atrair os eleitores de esquerda que estão descontentes com a situação atual. A eleição ocorre em um contexto de economia recessiva e inflação alta, o que pode impactar o voto dos setores mais vulneráveis.
A delicada situação política também envolve o ex-presidente Evo Morales, que enfrenta investigações por tráfico de pessoas. Independentemente do resultado, o novo governo terá que enfrentar desafios significativos, incluindo a crise cambial e a escassez de combustível, enquanto os cidadãos aguardam ansiosamente por soluções para as suas necessidades básicas.
Jornalismo O Janelão