O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (MDB), confirmou em entrevista agora a pouco no Bom Dia SC da NSC/TV, que a cidade fará parte de um estudo para utilizar a ozonioterapia por via retal no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.
“Cerca de 146 pacientes devem participar desse estudo e o município deve gastar muito pouco. Não iremos gastar mais de R$ 50 mil reais”. Disse Morastoni
O Prefeito da cidade também prometeu provar que o tratamento com Ivermectina usado na cidade está surtido efeito. Itajaí, já usou também a cânfora como tratamento.
A falta de comprovação científica do método causou polêmica após o anúncio do político, uma vez que o CFM (Conselho Federal de Medicina) desaconselha o uso laboratorial da ozonioterapia, assunto que virou meme nas redes sociais. RELACIONADAS Quem é o prefeito que quer aplicação retal de ozônio para curar a covid-19 Ozônio no ânus contra covid-19?
Sugestão de prefeito é alvo de memes Em junho, a Aboz (Associação Brasileira de Ozonioterapia) conseguiu autorização do Conep (Conselho Nacional de Ética e Pesquisa) para liderar dois estudos com ozônio: um deles com pacientes ambulatoriais e outro com doentes já internados com covid-19.
As conclusões da associação são de que a aplicação de ozônio pelo ânus é uma opção “dez vezes mais barata” do que a versão intravenosa. Quem explica a diferença estimada de custo e o método utilizado é o presidente da Aboz, o cardiologista e sanitarista Arnoldo de Souza.
Falta comprovação
O Conep autorizou ao todo três estudos envolvendo a utilização do ozônio no tratamento de covid-19. Em um deles, protocolado em abril, a conclusão foi de que faltam “estudos clínicos em humanos que demonstrem o efeito de tratamento com ozônio naqueles infectados por coronavírus”.
“O efeito da ozonioterapia em humanos infectados por coronavírus é desconhecido e não deve ser recomendado como prática clínica ou fora do contexto de estudos clínicos”, conclui estudo submetido pela Sobom (Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica) em abril.
O CFM emitiu uma resolução em 2018 em que proíbe aos médicos a prescrição de ozonioterapia em consultórios e hospitais. A exceção pode acontecer em caso de participação de pacientes em estudos de caráter experimental, com base em protocolos clínicos e critérios definidos pela Conep, como é o caso do estudo em Itajaí.
O CRM (Conselho Regional de Medicina) de Santa Catarina afirmou em nota que “o volume de estudos e trabalhos científicos adequados sobre a prática ainda é incipiente e não oferece as certezas necessárias” para tratar quem foi infectado pelo novo coronavírus.
Souza, porém, rebate a afirmação dizendo que os testes da Aboz levam em conta estudos “com resultados contra a covid-19” desenvolvidos na Espanha, Itália e China. “É uma das técnicas aprovadas na prática integrativa do SUS (Sistema Único de Saúde)”, diz. “No CFM está no campo experimental, mas é autorizado na Alemanha, Rússia, Itália, Índia e Portugal”,
Crédito: UOL
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