Em junho de 2018, Gilmar Mendes decidiu manter preso Valdemir Firmino, acusado de ter roubado 140 reais em 2013, no interior paulista. As condições de saúde do detento não sensibilizaram o ministro.
A Defensoria Pública de São Paulo ainda tentou argumentar que se tratava de uma questão humanitária. Cego, Valdemir havia contraído HIV e sofria de ataques de convulsão na cadeia, onde não tinha acesso a medicamentos e tratamento adequado. Os argumentos eram acompanhados de laudos médicos, que atestavam a doença e apontavam risco de vida.
No mesmo dia em que mandou o portador de HIV cego permanecer preso por roubar 140 reais, Gilmar Mendes concedeu habeas corpus a quatro figurões presos na Operação “Câmbio, Desligo”.