Grande notícia para o agronegócio nacional! Em um movimento significativo para a diversificação de mercados, o México superou os Estados Unidos e se consolidou como o segundo maior importador de carne bovina brasileira, atrás apenas da China. A mudança ocorre em um cenário de retração nas vendas para o mercado americano, impactado pela imposição de tarifas adicionais pelo governo dos Estados Unidos.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne bovina brasileira para o México apresentaram um crescimento expressivo de 420% entre janeiro e junho deste ano. No período, o volume saltou de 3,1 mil para 16,1 mil toneladas, e o valor das transações aumentou de US$ 15,5 milhões para US$ 89,3 milhões.
A tendência de crescimento para o mercado mexicano se manteve forte em julho. Entre os dias 1º e 28 do mês, o país latino-americano importou US$ 69 milhões em carne bovina brasileira, um valor ligeiramente superior aos US$ 68,7 milhões comprados pelos Estados Unidos no mesmo período.
A China, por sua vez, segue como o principal destino da carne bovina do Brasil. Em junho, o país asiático importou 134,4 mil toneladas, totalizando US$ 739,9 milhões. De 1º a 28 de julho, o volume comprado pela China foi de 132 mil toneladas, somando US$ 732 milhões.
A ascensão do México como segundo maior importador reflete a estratégia brasileira de buscar novos mercados e reduzir a dependência de poucos compradores. Essa diversificação se tornou ainda mais crucial diante da queda nas importações americanas. Em abril, os Estados Unidos compraram 44,1 mil toneladas de carne brasileira, totalizando US$ 229 milhões. Em junho, esse volume despencou para 13,4 mil toneladas e US$ 75,3 milhões, representando uma queda de 67%.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) informou que cerca de 30 mil toneladas de carne bovina brasileira, já prontas para embarque aos EUA, estão retidas em portos desde o anúncio da tarifa adicional de 50% imposta pelo governo americano. Essa medida, que isenta poucas categorias, tem impactado diretamente o fluxo de exportação para o mercado norte-americano.
A notícia reforça a competitividade e a qualidade da carne bovina brasileira no cenário internacional, demonstrando a resiliência do setor e a capacidade de adaptação frente às dinâmicas do comércio global.
Fonte; Jovem Pan