Balneário Camboriú celebra a primeira edição do BC + Inclusa na Educação com corrida de rua

Evento aconteceu na manhã deste domingo (31), na Avenida Atlântica, em parceria com o projeto Pernas Solidárias .

Na manhã deste domingo (31), Balneário Camboriú sediou a primeira edição do BC + Inclusa na Educação, realizado pela Secretaria de Educação, por meio do departamento de Educação Especial e Paradesporto, em parceria com o projeto Pernas Solidárias. Cerca de 80 participantes percorreram o trecho entre a Praça Almirante Tamandaré e a Rua 2300, na Avenida Atlântica, mostrando que o esporte é muito mais do que competição: é uma ferramenta de inclusão e transformação para pessoas com deficiência e transtornos.

Além dos alunos da Educação Especial do município, o evento contou também com a participação de pessoas atendidas por entidades como a Associação de Amigos do Autista (AMA), a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e a Amor pra Down.

A prefeita Juliana Pavan esteve presente no evento e destacou que se trata de um momento de solidariedade e de amor em movimento.

“Uma ação extremamente importante e que tornou a nossa manhã ainda mais especial, cheia de emoção e propósito. Pela primeira vez, a cidade recebe uma iniciativa como esta, promovida pela Secretaria da Educação e que encerra a Semana da Inclusão. Realmente vai ficar marcado na história de Balneário Camboriú. Estou muito feliz de participar desse momento”, completou a prefeita.

Para a secretária de Educação, Maria Ester Menegasso, o evento é a celebração da inclusão, da empatia e da diversidade em Balneário Camboriú. “É a prova de que, quando unimos educação, esporte e compromisso social, conseguimos transformar vidas. O esporte tem um papel muito importante na vida das nossas crianças. O esporte é movimento, autonomia e autoestima. É convivência, superação e pertencimento. As pessoas que participaram hoje desse momento estão dizendo para o mundo: ‘eu posso, eu pertenço, eu sou capaz’. Todos juntos podemos fazer uma BC mais inclusiva, onde cada ser humano tem o seu espaço, tem a sua voz e tem a sua vez”, ressaltou.

“Para nós, este projeto é motivo de grande alegria e também de extrema necessidade, pois não se trata apenas de uma competição, mas de um movimento pela inclusão. Basta olhar ao redor: temos aqui várias pessoas com mobilidade reduzida, transtornos ou deficiências, todas unidas por uma causa maravilhosa. A inclusão é essencial, não apenas no ambiente escolar, mas em todos os espaços da sociedade, e é nosso dever garantir que elas sejam respeitadas e acolhidas em cada um deles”, disse a diretora do departamento de Educação Especial e Paradesporto, Evori Santina Kaminski.

A educadora especial na APAE e condutora no evento, Letícia Soldateli, afirma que sua expectativa para este dia era enorme, porque o lugar da pessoa com deficiência é onde ela quiser estar. “Ela pode e deve ocupar qualquer espaço, e a corrida também é o lugar dela. Na corrida existe liberdade, existe expressão, existe sentimento. É o momento de dizer: ‘eu estou aqui, me vejam’. Eu faço esse trabalho de condutora desde 2018, quando comecei acompanhando um aluno, e desde então isso foi crescendo. Hoje tenho uma pessoa muito especial que sempre corre comigo: a Maria Luiza, que foi minha aluna na APAE e se tornou uma grande amiga. Já corremos muitas provas juntas, inclusive uma meia maratona”, afirmou.

O Pernas Solidárias é um projeto que nasceu há dez anos em Joinville e que hoje já está presente em 32 cidades pelo país. O presidente e idealizador, Cleiton Luiz Tamazzia, conta que tudo começou quando ele corria com o primo e, em um dia, o convidou para participar de uma corrida em uma cadeira de rodas.

“Notamos que muitas pessoas se interessaram pela ideia e vinham perguntar como era a experiência. Foi então que percebemos que dava para transformar isso em um projeto maior e envolver mais pessoas. No começo, nosso papel era apenas incentivar, mas depois começamos a estruturar a ideia, colocar no papel e expandir o projeto, para que cada vez mais pessoas pudessem ser abençoadas por essa experiência”, finalizou.

 

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