A Argentina entrou em um clima de mobilização intensa, com a Confederação Geral do Trabalho (CGT) convocando uma greve geral de 36 horas, que começou ao meio-dia da quarta-feira (9) e se estende até a meia-noite desta quinta-feira (10). Este é o terceiro ato nacional contra o governo de Javier Milei, motivado pela insatisfação com a “política econômica” e o “piso salarial” da administração, além da defesa dos “salários e direitos dos aposentados”.

As manifestações começaram em frente ao Congresso Nacional argentino, reunindo trabalhadores de diversas categorias, incluindo educação, bancos, correios, transportes de carga e coleta de resíduos. Hugo Godoy, secretário-geral da Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA Autônoma), enfatizou que a mobilização expressa a determinação dos trabalhadores em resistir às políticas do governo.
Em resposta à greve, o presidente Milei compartilhou uma declaração do ministro da Desregulação e Transformação do Estado, Federico Adolfo Sturzenegger, que desmereceu a mobilização, chamando-a de “tentativa de extorsão” por parte dos sindicatos.
A greve foi impulsionada por questões críticas como os baixos salários e o enfraquecimento das aposentadorias. Os trabalhadores exigem melhores condições para si e para os aposentados, além da retomada de obras públicas que foram paralisadas durante a gestão atual.

A crise financeira no país se agrava desde que Milei assumiu o poder, criando um cenário desafiador para os cidadãos. Com a greve em curso, companhias aéreas como Gol, Latam e Aerolíneas já anunciaram alterações em seus voos para a Argentina, afetando muitos passageiros.
Essas manifestações refletem uma crescente insatisfação popular e um apelo por mudanças significativas nas políticas governamentais.