Banco Master: liquidação é decretada, dono é preso e fraudes podem chegar a bilhões

O Banco Master protagoniza o maior resgate financeiro da história do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com indenizações que somam R$ 41 bilhões, ultrapassando o recorde anterior do Bamerindus.

Essa decisão veio com a liquidação extrajudicial da instituição, determinada pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (18).Com o colapso do Banco Master, o FGC assegura o ressarcimento de depósitos protegidos de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, incluindo o valor investido e os rendimentos acumulados até a data da liquidação.

Para quem possui depósitos que ultrapassam esse limite, o valor excedente pode ser recuperado por meio de ações judiciais ou acordo com o banco em liquidação.

Entretanto, o resgate não é automático. Os correntistas e investidores devem baixar o aplicativo do FGC, realizar cadastro com seus dados pessoais e bancários e aguardar a validação feita pelo liquidante nomeado pelo BC, que deve ocorrer em até 30 dias.

Após essa etapa, o pedido de ressarcimento poderá ser solicitado e o pagamento será transferido para a conta indicada.Além das medidas contra o Banco Master, a Justiça autorizou bloqueios de bens da instituição, do BRB e de seus dirigentes, incluindo o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o diretor financeiro, Dario Oswaldo, que foram afastados por 60 dias.

A decisão judicial determinou ainda a busca e apreensão de bens de luxo, dinheiro em espécie, e proibição de deixar o país, abrangendo veículos de valor superior a R$ 100 mil, joias e relógios.

Em resposta à crise, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, substituiu a presidência do BRB, nomeando Celso Eloi, servidor da Caixa Econômica Federal, para assumir o cargo.O Banco Central assumiu o controle do Banco Master, nomeando um liquidante que fará o levantamento dos ativos e passivos e encaminhará a lista de credores ao FGC.

Foto Divulgação

O procedimento de ressarcimento envolve três etapas principais: envio da lista ao FGC, habilitação do botão de solicitação de pagamento no aplicativo, e transferência do valor após a solicitação e assinatura digital.

Essa ação representa o maior desafio já enfrentado pelo FGC, que protege milhares de investidores e correntistas, concedendo segurança ao sistema financeiro brasileiro em momentos de crise bancária.

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