Trabalhadores da Celesc aprovam greve a partir de segunda-Feira em todo o Estado

Os trabalhadores da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) decidiram, em assembleia realizada na última quarta-feira (17), deflagrar uma greve que terá início nesta segunda-feira (22), às 6h. A concentração ocorrerá nos portões das unidades da companhia em todo o Estado. A decisão foi motivada pela “ausência de avanços significativos nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho” e pela proposta considerada rebaixada apresentada pela empresa.

Postura rígida da diretoria

Desde o início das negociações em 28 de agosto, a diretoria da Celesc tem mantido uma postura rígida, não garantindo sequer a reposição da inflação nos direitos previstos no acordo. Para os trabalhadores, essa falta de flexibilidade representa perdas e desvalorização da categoria.

Marlon Gasperin, dirigente sindical dos Eletricitários de Santa Catarina (Intercel), participou do programa Atualidades da 103 FM e destacou a importância da mobilização. “A greve é um instrumento legítimo diante da intransigência da empresa e da ausência de valorização dos trabalhadores. Nossa luta é pela defesa de direitos e pela construção de um acordo justo”, afirmou.

Serviços essenciais mantidos

Apesar da paralisação, a Intercel garantiu que os serviços de urgência e emergência continuarão a ser realizados, evitando comprometer situações críticas. A entidade permanece aberta ao diálogo, desde que a Celesc apresente propostas que atendam às demandas dos trabalhadores.

Procurada, a Celesc informou que fará uma manifestação oficial apenas na segunda-feira (22), dia do início da greve.

Lucro e valorização dos trabalhadores

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É importante ressaltar que a Celesc pertence ao Governo do Estado e tem apresentado lucros significativos, conforme mencionado pelo Governador Jorginho Mello. Diante desse cenário, a pergunta que fica é: por que os servidores não são valorizados? A mobilização dos trabalhadores busca não apenas melhores condições de trabalho, mas também o reconhecimento de seus direitos em uma empresa que, apesar de lucrativa, ainda carece de valorização profissional.

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