Na manhã desta terça-feira (9/9), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF) teve início, com o ministro Alexandre de Moraes votando pela condenação de todos os acusados. O placar está 1×0 a favor da condenação, após Moraes afirmar que “os réus praticaram todas as infrações penais imputadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em concurso de agentes e em concurso material”.
Os crimes imputados pela PGR incluem:
– Organização criminosa armada
– Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
– Golpe de Estado
– Dano qualificado ao patrimônio da União
– Deterioração de patrimônio tombado
A única exceção entre os réus é Alexandre Ramagem, que, com base em imunidade parlamentar, teve seu processo suspenso em relação a crimes supostamente cometidos após sua diplomação. Ele responde apenas por golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.
Após o voto de Moraes, a sessão foi interrompida para almoço e retomou às 15h40 com o voto de Flávio Dino, que destacou que, segundo a Constituição, “não cabe anistia e indulto para crimes contra o Estado Democrático de Direito”. Dino também negou que o julgamento seja político, enfatizando a importância de tratar os crimes com seriedade.
O julgamento é considerado decisivo, com expectativa de que chegue ao fim até a sexta-feira, com sessões diárias programadas. Após Moraes, os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin também irão votar.
Moraes, em seu extenso voto de quase cinco horas, apresentou evidências que indicam que Bolsonaro discutiu com as Forças Armadas a quebra da normalidade constitucional, caracterizando seu papel como liderança na tentativa de golpe.
Acompanhe a cobertura completa da BBC Brasil para mais informações sobre o desdobramento desse julgamento.
Fonte: BBC Brasil
Saiba mais:
https://share.google/nAHkT83TP2i4XyLkL