O que estão compartilhando: vídeo em que jornalista diz que “é preciso investigar que não foi só a chuva” que causou as enchentes no Rio Grande do Sul e a morte de pelo menos 46 pessoas. Segundo ele, “no governo petista foram construídas, ao contrário do que recomendavam as medições ambientais, três represas pequenas que aparentemente abriram as comportas ao mesmo tempo. Isso causou uma enxurrada”.

O serviço “Estadão Verifica” checou e concluiu que: é falso. Órgãos de controle e fiscalização negaram que as comportas das represas no Rio das Antas, no Rio Grande do Sul, tenham sido abertas e causado as inundações em cidades do Estado. As três usinas hidrelétricas citadas no vídeo não possuem comportas que armazenam ou retêm água para geração de energia. Ou seja, nos períodos de chuva ou de aumento na vazão do rio, a água excedente passa por cima das barragens. Esse tipo de estrutura, chamado de vertedouro de soleira livre, não controla o fluxo dos rios e apenas escoa o excedente de água.
A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) do Rio Grande do Sul informou que “não há evidências de que as barragens tenham influenciado no agravamento da enxurrada”. A Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) ressaltou que a água excedente passou por cima das barragens, sem nenhum tipo de liberação mecânica.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela fiscalização de geração hidrelétrica, afirmou que as cheias não poderiam ser agravadas por conta da estrutura das barragens. Assim como a Agência Nacional de Águas (ANA), que confirmou que a produção de energia é feita apenas com a força da correnteza, sem uso de comportas.
A Ceran, empresa que opera três barragens na região, garantiu que as estruturas foram monitoradas em tempo real e não apresentaram risco de rompimento. Em nota, a companhia ressaltou que as barragens não têm capacidade de armazenamento e nem de regular o fluxo do rio e que o excedente de água passa por cima da estrutura. A empresa destacou também que as barragens foram monitoradas durante a chuvarada e que não apresentaram risco de rompimento.
A ANA confirmou que não há comportas d’água nas barragens citadas no vídeo. “Os três aproveitamentos hidrelétricos no rio das Antas mencionados operam a fio d’água, ou seja, as vazões que chegam são no mesmo patamar das que saem. Por isso, não há liberação de água por meio de comportas”, informou a agência em nota.
As usinas tiveram seus projetos iniciados em 2001, na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e entraram em operação, por etapas, entre 2004 e 2009.
O jurista apontou que Garcia disseminou informações falsas sobre as chuvas no Rio Grande do Sul com declaração feita à Revista Oeste. Messias determinou a “imediata instauração de procedimento contra a campanha de desinformação” promovida pelo jornalista. “É inaceitável que, nesse momento de profunda dor, tenhamos que lidar com informações falsas”, acrescentou.
Determinei à Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia a imediata instauração de procedimento contra a campanha de desinformação promovida pelo jornalista. É inaceitável que, nesse momento de profunda dor, tenhamos que lidar com informações falsas. https://t.co/KnLFGxqDgh
— Jorge Messias (@jorgemessiasagu) September 11, 2023
O QUE DIZ ALEXANDRE GARCIA, APÓS SER ACUSADO DE FAKE NEWS 👇
Conteúdo: O Estadão e Alexandre Garcia


