Empresário catarinense comprou o veículo em 2017, mas só recebeu a aquisição um ano e meio depois.
WILLIAN RICARDO, CHAPECÓ. ND+
Na estrada parece um automóvel comum. A diferença está quando mergulha na água. Neste momento, o motor principal silencia e o veículo se transforma num barco. Aí é soltar o cinto de segurança e vestir o colete salva-vidas. Bem-vindos ao Beijing BJ502!
Em maio deste ano, o veículo chegou ao Porto de Itajaí e provocou alvoroço, pois é primeiro carro anfíbio adquirido por um civil em Santa Catarina. A aquisição é do empresário de Chapecó, Flavio Bringhenti, de 49 anos.
Inspirado em um sonho de duas décadas, o empresário planejou a aquisição. Ele conheceu um veículo parecido durante uma viagem na Europa. Quando voltou ao Brasil, quis um carro igual.
“Fui me informando do valor, pois sabia que não era baixo. Quando esse dinheiro não fizesse falta para a família, então compraria. Era outro modelo que eu gostaria, mas aquele foi vendido. Aí, vendo uns vídeos em casa, optamos por esse estilo safári, mais família”, comenta Bringhenti.
Para a aquisição, o empresário procurou um despachante aduaneiro para dar entrada ao pedido. Depois, ao lado da esposa, escolheu o modelo mais rústico e conseguiu as liberações internacionais necessárias.
O Beijing BJ502 é um modelo americano, mas foi fabricado na China. A aquisição foi feita em 2017, mas o empresário só recebeu o veículo um ano e meio depois.
Assim como o carro, o valor não é para qualquer pessoa: US$ 138 mil dólares, equivalente a R$ 320 mil à época. Porém, com a alta da moeda americana, ao fim o veículo custou quase R$ 1 milhão ao empresário.
“Foram feitas algumas alterações para ter mais conforto, porque os rústicos para guerra são acentos mais desconfortáveis, aí pedi assento de couro e ar condicionado”, salienta Bringhenti.
Seja na terra ou na água, o carro anfíbio chama a atenção por onde passa. Para isso, o veículo tem dois documentos: o rodoviário e o marítimo.
A papelada para circular começa com a carteira (B) do Detran para dirigir na terra, e habilitação de Marinheiro Auxiliar de Convés para navegar.
O mesmo vale para os documentos do veículo, expedidos pelo Detran e pela Capitania dos Portos.
Deu medo, porque ele pegou o carro no porto e fomos para o mar. Ele nunca tinha entrado na água, quando entrou foi logo para debaixo da ponte. Depois foi tranquilo, carro super seguro”, disse Katiane.
Bringhenti fez questão vir dirigindo o carro até Chapecó. Na cidade, o veículo virou sensação, principalmente quando está navegando pelas águas no Rio Uruguai.
O empresário é ambicioso e disse que já pensa em realizar outro sonho, mas por enquanto, o projeto permanece em segredo.
“Há alguns dias fiz uma viagem aos Estados Unidos e vi uma novidade por lá. Fiquei com intenção de adquirir. Meu despachante está fazendo a pesquisa”, brincou o empresário.
Via NDMAIS
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