Servidores de Balneário Camboriú decidem por greve geral

Sindicato dos Servidores Públicos de Balneário Camboriú, em assembleia, decide por deflagrar greve geral a partir do dia 2 de julho. Segundo o sindicato, o prefeito Fabrício Oliveira, desde o início do seu governo, se nega a conversar sobre a pauta de reivindicações, dentre as quais a concessão de vale-alimentação para todos os servidores e o seu reajuste para R$ 500,00.

O prefeito alega impossibilidade de atender, pois o município está no estertor do limite prudencial dos gastos com pessoal e precisa, além de não reajustar valores, também reduzir despesas.

O orçamento, de fato, não permite arroubos, ainda que justos. Entretanto, o conversar com o sindicato não faria mal algum, ainda que para ser pressionado ou criticado. É que, ao mesmo tempo, haveria espaço para o prefeito definir exatamente o que quer e pode. Se possível, até, numa audiência aberta à imprensa, para eventuais questionamentos na hora. Essas coisas não podem ficar sendo discutidas pela Internet ou pela imprensa, onde cada lado coloca a sua posição e se fecha hermeticamente nela, sem conceder nada. Tipo de situação em que todos gritam muito e ninguém tem razão. Ou todos têm.

A Reforma Administrativa, mote de campanha de Fabrício, ainda está no limbo, com aspectos estruturais definidos no papel, mas no chão. Nem taxiou na pista, ainda. Dentre os critérios básicos, a unificação das áreas de Compras, Recursos Humanos e Folha, Almoxarifado, Tecnologia da Informação, Marketing, Manutenção Predial e Veículos e  uma redefinição de funções nos diversos setores. Falta discutir mais amplamente antes de colocá-la para votação. Para debater, nos mínimos detalhes, os reflexos na redução de despesas e enxugamento da máquina, como proposto desde o início do mandato e até antes, nas pregações de campanha.

Há recomendação de maior atuação de funcionários efetivos. Isto poderia ser feito, desde o começo, sem necessidade de Reforma Administrativa. O prefeito, na maioria dos cargos, não seguiu. Fez um estardalhaço inicial com um cadastro de servidores para eventual aproveitamento em cargos de livre nomeação e usou bem menos do que o esperado. Enfim, não cumpriu. Usou apenas o que sempre se usou, preferindo ceder a nomeações de interesse político-partidário dos partidos de sua coligação ou apoiadores de campanha.

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