Índice de Desenvolvimento: Balneário em 6º em SC e 49º no Brasil

Balneário Camboriú é a 6ª cidade de SC em Índice de Desenvolvimento levantado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e a 49ª do Brasil em 2018, considerado o ano-base de 2016. O primeiro lugar no Estado é de Concórdia, oitava do Brasil. Enquanto isso, Camboriú está em 228º lugar no Estado e em 2.120º no Brasil.

No âmbito do estado também são apontadas as cidades com o menor Índice de Desenvolvimento:

Pode-se inferir, no quadro adiante, as colocações de Balneário Camboriú nas áreas da Educação, Saúde e Emprego&Renda:

Finalmente, pode-se conhecer o índice consolidado:

E aqui estão indicados os componentes usados para se chegar aos índices:

Dados gerais

Referência para o acompanhamento do desenvolvimento socioeconômico brasileiro, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) acompanha três áreas: 1) Emprego & Renda, 2) Educação e 3) Saúde, e utiliza-se exclusivamente de estatísticas públicas oficiais.

Sua leitura é simples: o índice varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da localidade. Além disso, sua metodologia possibilita determinar com precisão se a melhora relativa ocorrida em determinado município decorre da adoção de políticas específicas, ou se o resultado obtido é apenas reflexo da queda dos demais municípios.

O Brasil continua sendo um país fortemente dividido, com extremos cada vez mais evidentes. O ranking dos 500 municípios mais desenvolvidos (Top 500) foi composto, essencialmente, por cidades das regiões Sudeste (50%) e Sul (41%). A região Centro-Oeste ficou com 7% dos municípios. O Nordeste ocupou apenas oito posições entre os 500 maiores IFDMs do país. Já na região Norte, apenas a capital do Tocantins, Palmas, ficou entre os 500 maiores IFDMs.

No ranking das capitais, Florianópolis, Curitiba e São Paulo mantiveram as primeiras colocações. Apenas 10 capitais brasileiras, distribuídas por todas as regiões, obtiveram alto grau de desenvolvimento e ficaram entre as Top 500. Porém, apenas Florianópolis e Curitiba ficaram entre os 100 municípios mais bem avaliados do país. Na parte inferior do ranking das capitais, estão Macapá e Belém que se destacaram negativamente pela forte queda na vertente Emprego & Renda.

Os números deixam bem claro que o problema não é a falta de recursos, uma vez que boa parte dos recursos direcionados para Educação e Saúde levam em conta o número de pessoas atendidas nessas áreas. Ou seja, a principal barreira para o desenvolvimento dos municípios é a gestão mais eficiente dos recursos. Dessa forma, acelerar o desenvolvimento no interior do país passa por uma política ampla de capacitação e aprimoramento dos gestores públicos, sobretudo nas regiões menos desenvolvidas.

Santa Catarina

Nesta edição, o IFDM analisou o desenvolvimento socioeconômico de 2911 municípios de Santa Catarina. Dentre eles, 243 (83,5%) apresentaram desenvolvimento moderado e 45 (15,5%) alto desenvolvimento. Dessa forma, 99,0% estado conquistou pontuações acima de 0,6 pontos no IFDM, percentual excedido apenas por São Paulo (99,4%) e superior ao panorama nacional (76,2%).

Apenas três cidades foram classificadas com desenvolvimento regular e nenhuma foi classificada com baixo desenvolvimento em 2016. O bom desempenho dos municípios catarinenses também é refletido por sua grande participação no topo do ranking nacional do IFDM: 54 cidades ocupam uma posição entre os 500 maiores IFDMs do país, dos quais 7 estão entre os 100 melhores, nesse recorte Santa Catarina é superado apenas por Rio Grande do Sul e São Paulo.

No IFDM Emprego&Renda, embora o desenvolvimento regular predomine (53,6%, englobando 156 municípios) e nenhum município catarinense tenha apresentado alto desenvolvimento, o cenário é relativamente mais favorável que o observado no país como um todo. O percentual de cidades com desenvolvimento moderado (36,1%, 105) é superior à média nacional (15,0%) e, analogamente, a parcela de cidades com baixo desenvolvimento (10,3%, 30) é quase um terço da brasileira (29,0%). Além disso, os 291 municípios analisados, 187 (64,3%) apresentaram melhora no IFDM Emprego & Renda em relação a 2015, influenciados sobretudo pelo aumento da renda. Na vertente de Educação, 229 (78,2%) possuem alto desenvolvimento no IFDM Educação.

Os 64 municípios restantes (21,8%) apresentam desenvolvimento moderado e nenhum município foi classificado com desenvolvimento regular ou baixo nessa vertente. A maior parte dos municípios, 215 (73,4%), apresentou melhora no IFDM Educação em relação a 2015. Essa alta se deu principalmente pelo aumento da Taxa de Atendimento à Educação Infantil e do percentual de docentes com Ensino Superior.

No IFDM Saúde, 222 municípios (75,8%) apresentaram alto desenvolvimento, 68 (23,2%) desenvolvimento moderado, enquanto apenas 3 cidades (1,0%) ficaram com desenvolvimento regular. Ou seja, 99,0% dos municípios apresentaram elevados indicadores de desenvolvimento nessa vertente. Na comparação com 2015, 165 (56,3%) apresentaram melhora no IFDM Saúde. Todos os indicadores apresentaram altas relevantes, com destaque para a redução no percentual de óbitos por causas mal definidas e na taxa de óbito de menores de 5 anos por causas evitáveis.

Os dez municípios mais desenvolvidos do Estado apresentam características de desenvolvimento semelhantes, onde todos possuem IFDM de alto desenvolvimento, com influência direta das vertentes de Saúde e Educação.

Por sua vez, todos eles apresentaram desenvolvimento moderado no IFDM Emprego&Renda. Nesse grupo, todos os dez municípios ficaram do grupo do Top500 do país, sendo que sete estão no Top100. O município de São Lourenço do Oeste se destacou ao apresentar o maior avanço (+5,5%) no grupo, impulsionado principalmente pelo desempenho em Emprego&Renda.

Cinco municípios apresentaram evolução nas três áreas analisadas (Rio do Sul, Balneário Camboriú, São Lourenço do Oeste, Tubarão e Blumenau) e nenhum recuou nas três vertentes. Por fim, vale destacar que a capital Florianópolis ficou com a primeira colocação no ranking das capitais brasileiras.

No outro extremo do ranking catarinense, entre as dez cidades com menor IFDM do estado, as baixas pontuações no IFDM Emprego&Renda são o principal problema: quatro municípios possuem baixo grau de desenvolvimento nessa vertente, enquanto os demais apresentam nível regular.

Na Educação, nenhuma dessas cidades apresentou alto desenvolvimento.

No IFDM Saúde, as dez cidades não destoaram do cenário estadual e apresentaram indicador ao menos moderado. Em relação a 2015, o município de São José do Cerrito (+10,6%) apresentou o maior avanço do estado, impulsionado pelo avanço na vertente Emprego&Renda.

Por outro lado, o município de Calmon perdeu o grau de desenvolvimento moderado e ficou com a última posição no estado, impulsionado pela vertente Emprego&Renda que caiu 20,9%. Por fim, vale destacar as outras duas cidades do estado que ficaram com desenvolvimento regular: Major Gercino, que apresentou queda na vertente Emprego&Renda e Bom Retiro, que reduziu sua nota no IFDM Saúde.

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